Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 19-10-2008

Fotógrafo e perito revisitam cena do crime
Especialista em cobertura policial visitou cativeiro após invasão.
Fotógrafo e perito revisitam cena do crime
Foto: http://www.g1.com.br

A pedido do Fantástico, um fotógrafo que visitou o cativeiro do seqüestro em Santo André e um perito que viu as fotos tiradas por ele comentaram a tragédia que levou à morte da jovem Eloá Pimentel e ao ferimento de bala em sua amiga Nayara Silva.

Veja o site do Fantástico

André Henriques, experiente fotógrafo policial, acompanhou o seqüestro no ABC desde o primeiro dia. E, na primeira oportunidade, entrou no apartamento transformado em cativeiro. Tirou fotos da sala, do colchonete onde estava Nayara e do sofá onde a polícia encontrou Eloá com um tiro na cabeça. "Quando eu vi aquelas manchas de sangue, aquela quantidade de sangue, eu já imaginei que a situação era grave", diz ele.

"O que mais me chamou a atenção foi o aparador do lado direito da porta, que tinha uma foto lá, um porta retrato com foto da Eloá. Era uma foto dela feliz, sorrindo, né? Menina bonita..." lamenta o fotógrafo. "Passa um filme na sua cabeça. E você vê o local, você tenta entender como é que aconteceu tudo isso."


Análise

A pedido do Fantástico, o perito particular Ricardo Molina analisou as fotos tiradas por André Henriques. De acordo com Molina, um problema crucial foi a dificuldade de abrir a porta, que estava escorada por móveis.

"Eu acho que os policiais tentaram talvez fazer o movimento errado. Tentaram empurrar quando na verdade eles deveriam ter tentado arrancar a porta. Mas a gente sente nas imagens que os policiais tentam empurrar e nem têm muito espaço para essa mesa ser empurrada", avalia ele.
A pedido do Fantástico, o perito particular Ricardo Molina analisou as fotos tiradas por André. "A impressão que dá é que essa almofada está fora da posição. Ela deveria estar no canto do sofa. É uma mancha até com o mesmo formato alongado, como na almofada. Ela deve ter sangrado muito porque há uma quantidade grande de sangue".

A polícia militar sustenta que invadiu o apartamento de Eloá depois de ouvir um tiro. Ontem Molina identificou três disparos, mas todos depois da explosão da porta, e antes de os policiais entrarem no apartamento.

Hoje à tarde, ele analisou novas gravações em áudio e vídeo, e acabou descobrindo um quarto tiro, que, assim como os outros, também disparado depois da explosão da porta. "É um disparo com caracteristicas acusticas levemente diferentes dos anteriores. entao nós teremos 3 disparos de uma arma de pequeno calibre, compativel com revolver 32.

"É um disparo com características acústicas levemente diferentes dos anteriores. Então nós teremos 3 disparos de uma arma de pequeno calibre, compatível com revolver 32, e um quarto disparo de uma arma maior, vindo da PM", diz Molina."Esse tiro foi de uma bala de borracha. Temos uma fotografia que mostra claramente uma marca negra na parede e uma explicação bastante viável pra isso é que seja o resvalar de uma bala de borracha".
O perito voltou a analisar as gravações anteriores à explosão da porta do apartamento e novamente não encontrou nada. "Temos uma gravação que tem um minuto e nove segundos antes da explosão, e não ouvimos nenhum disparo", explica Molina.

Os investigadores esperam que Nayara ajude a esclarecer se Lindemberg atirou ou não antes da ação da polícia. Em entrevista por telefone a Fausto Silva, o pai da menina disse que por enquanto Nayara não falou sobre o que houve no momento da invasão.

Para quem observou a cena do crime, a tragédia deixa outras marcas. "Essa reação de dor, tristeza. Você chega lá e vê aquele cena, sangue, tiros na parede, tudo revirado, você imagina: não era pra acontecer isso né. Era pra sair todo mundo bem", diz André.

Fotógrafo e perito revisitam cena do crime e fim do seqüestro no ABC
Especialista em cobertura policial visitou cativeiro após invasão.
Perito estranhou falta de ruído e marcas de "bala" na parede.
Fotógrafo e perito revisitam cena do crime
Especialista em cobertura policial visitou cativeiro após invasão.

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Foto: http://www.g1.com.br

Fonte:

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Por:  Crispim José Silva    |      Imprimir