Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 02-05-2009

MíE, O LADO FEMININO DE DEUS
Insondável, o instinto materno desafia a lógica e surpreende a cada circunstância.
MíE, O LADO FEMININO DE DEUS
Foto: http://www.baixaki.com.br

Insondável, o instinto materno desafia a lógica e surpreende a cada circunstância.
Naquela que se alegra ao saber do jovem que parou de usar drogas, ou na prostituta que, em plena madrugada, mantém em seu coração a promessa de levar o chocolate prometido à criança que dorme, o amor maternal paira acima do bem e do mal. Desconsiderando o tempo, a mãe junta ao seu redor meninos-homens que nunca cessam de aprender. Sua presença une as famílias e, na amabilidade, apazigua as discórdias. Porquanto sua ausência enfraquece os elos do grupo. Percorrendo os extremos da razão, ela é o não que protege, corrige e educa, mas é também o sim, que estimula e apóia, e enxergando além projeta o futuro nascido dentro de si. Não tem aroma que se iguala ao ‘cheirinho’ da mamãe, tampouco nenhum ouvido capta o que somente ela ouve, e o olhar, que decifra o que o coração pré-sente e acolhe os sonhos e as angústias de suas crias. A matemática assume outro significado diante da equação que deposita uma quantidade maior de afeto ao que mais precisa sem subtrair dos demais. A capacidade de perdoar justifica o lado feminino de Deus contido na mulher que, desprezando as aparências, enxerga a alma do filho e compreende que seus defeitos e delitos são frutos da fraqueza humana carente de amadurecimento. E, quando aquela que nos gerou se torna uma recordação, é bom lembrar que a eternidade para ela não é mais que um cochilo de tempo, e os filhos "as flechas vivas arremessadas no infinito, segundo define Gibran Khalil Gibran em seu livro O Profeta".

J. Antonio Sespedes

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Fonte: O Autor
 
Por:  José Antonio Sespedes    |      Imprimir