Presidentes dos dois países se reuniram na quinta-feira (7).
Foto: http://durodrigues.files.wordpress.com Jeferson Ribeiro
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, do Paraguai, não chegaram a um acordo sobre a usina de Itaipu. Os paraguaios querem encontrar uma forma de receber mais pela energia produzida na hidrelétrica, mas as propostas apresentadas foram todas rejeitadas pelo governo brasileiro.
Na quinta-feira (7), os dois presidentes se reuniram por quase duas horas no Palácio do Itamaraty e depois continuaram negociando as propostas paraguaias durante um jantar no Palácio do Alvorada. Mesmo assim não conseguiram anunciar um acordo como era esperado pelos paraguaios.
Lugo disse que o Paraguai não abriu mão de "nenhuma de suas reivindicações", mas que as negociações entre os dois países têm que continuar. "Com isso respondemos às inquietudes do povo paraguaio", disse o paraguaio.
Lula voltou a dizer que o Brasil tem interesse em ajudar os países vizinhos, mas que Itaipu é um assunto delicado para os dois países e que, em julho, talvez os dois países tenham um acordo para anunciar. "Discutimos Itaipu porque não existe tema tabu na nossa relação. É tema sensível ao Paraguai e ao Brasil, mas estamos dispostos a conversar", salientou o presidente.
Lula disse que os dois presidentes não chegaram a avançar no detalhamentos das propostas de ambas as partes e, por isso, não tinham como dar detalhes das mesmas.
"Não tocamos em detalhes e espero que nos próximos 45 dias nossos ministros possam avançar. Tínhamos uma proposta de acordo trabalhada, mas presidente Lugo achou que precisavam ser feitos mais alguns ajustes", resumiu Lula.
O paraguaio também poupou palavras ao apontar as divergências entre os dois países. "Havia outros temas que não estavam no acordo inicial. E nos perguntamos porque firmar três acordos agora e em junho outros quatro acordos. Preferimos juntar todos e faremos um acordo geral", salientou.
Brasil e Paraguai não chegam a acordo sobre Itaipu
Presidentes dos dois países se reuniram na quinta-feira (7).
Paraguaios queriam forma de receber mais dinheiro por energia.
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