Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-05-2009

Números sobre emprego nos EUA dão indícios de que pior já pa
índice de desemprego nos Estados Unidos subiu 0,4 ponto a 8,9% em abril, nível mais alto em 25 anos
Números sobre emprego nos EUA dão indícios de que pior já pa
Foto: Econômico

Washington, 8 mai (EFE).- O índice de desemprego nos Estados Unidos subiu 0,4 ponto a 8,9% em abril, nível mais alto em 25 anos, porém o ritmo de perda de postos de trabalho diminuiu entre indícios de que o pior da recessão econômica pode ter passado.

O Departamento de Trabalho informou hoje que, após uma perda de 699 mil empregos em março, em abril desapareceram 539 mil vagas, o menor número dos últimos seis meses.

A maioria dos analistas esperava uma perda de 630 mil empregos no mês passado.

"Passo a passo começamos a conseguir progressos" na crise econômica, afirmou o presidente Barack Obama.

Em um ato em que anunciou medidas que ajudarão trabalhadores desempregados a se capacitar para conseguir novos empregos, Obama afirmou que é "encorajador" que o número de empregos perdidos seja o mais baixa em um semestre.

O presidente frisou, porém, que a crise demorou um tempo para ser contornada e que "levará meses, talvez anos", para superá-la.

Caso se leve em conta as pessoas que abandonaram a busca por emprego e as que tiveram que se conformar com trabalhos temporários, o índice de desemprego e subemprego em abril é de 15,8%, o mais alto desde 1994.

O número total de desempregados, que em março era de 13,2 milhões, subiu em abril a 13,7 milhões de pessoas.

Um aspecto positivo no mercado de trabalho foi o aumento na contratação governamental de trabalhadores, que subiu 72 mil empregos em abril, após um corte de seis mil em março.

O escritório do censo começou no mês passado a contratação de 140 mil empregados temporários que prepararão uma estimativa de população em 2010.

No total, o escritório do censo contratará mais de 1,4 milhão de pessoas ao longo do ano.

Desde que começou a recessão, em dezembro de 2007, a maior economia do mundo perdeu 5,7 milhões de postos de trabalho, o maior desgaste do emprego registrado em todas as recessões desde a Grande Depressão, dos anos 1930.

Os 16 meses seguidos de redução do emprego afetaram todos os setores da atividade fabril e o comércio varejista. As únicas áreas onde se manteve um aumento do emprego foram o Governo e as profissões relacionadas com o cuidado da saúde e da educação.

Durante os períodos de expansão econômica se considera nos EUA que a economia deve criar a cada mês cerca de 150 mil vagas, para absorver o crescimento natural da mão-de-obra.

Em semanas recentes, as autoridades governamentais apontaram alguns indícios de desaceleração na deterioração econômica e dados isolados que mostram para uma iminente reativação. Porém, é pouco provável que isso melhore imediatamente a situação no mercado de trabalho.

Durante uma recessão, muitas pessoas, desanimadas com as baixas remunerações e a ausência de benefícios, simplesmente abandonam a busca por emprego e, portanto, desaparecem das estatísticas.

Nesses casos, o índice oficial de desemprego não os leva em contra e quando se reativa a economia, os dados podem se manter sem mudanças durante alguns meses devido ao retorno dessas pessoas à força de trabalho.

O relatório de hoje mostra que o setor fabril, que em março tinha perdido 167 mil postos de trabalho, perdeu outros 149 mil em abril, incluindo 29.100 empregos em montadores de automóveis e indústrias de autopeças.

No setor da construção, a perda de 110 mil empregos em abril se uniu à de 135 mil em março; entre as empresas financeiras, que em março tiveram perda de 43 mil empregos, em abril houve uma de 40 mil postos de trabalho.

O setor de serviços, que inclui bancos, restaurantes e comércio no varejo, reportou em março uma perda de 381 mil vagas e, em abril, de 269 mil empregos. EFE

Números sobre emprego nos EUA dão indícios de que pior já passou

Fonte: G1
 
Por:  Robson Souza Santos    |      Imprimir