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Alexandre Costa Pereira
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Papa defende a paz e condena o antissemitismo
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O Papa sa�da um menino ao chegar ao Monte Scopus, em Jerusal�m
 Foto: AFP JERUSAL�M, Israel (AFP) � O papa Bento XVI desembarcou nesta segunda-feira em Israel, como parte de sua primeira viagem � Terra Santa, e j� na chegada deu o tom da visita: defendeu a paz entre israelenses e palestinos e condenou o antissemitismo. O Sumo Pont�fice desembarcou �s 11H00 (5H00 de Bras�lia) no aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, procedente da Jord�nia, antes de seguir para Jerusal�m, para a etapa mais complexa de sua viagem, depois da pol�mica provocada pelo perd�o concedido a um bispo que nega o holocausto. A viagem tamb�m acontece depois da controversa ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza, entre 27 de dezembro e 18 de janeiro, que matou 1.300 palestinos e foi severamente criticada pelo pont�fice. Bento XVI condenou o que chamou de "repugnante antissemitismo", considerado inaceit�vel no discurso que fez ainda no aeroporto. "Infelizmente o antissemitismo continua levantando sua repugnante cabe�a em muitas partes do mundo, isto � totalmente inaceit�vel", afirmou o Papa diante das autoridades israelenses, incluindo o presidente Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. "Devemos concentrar esfor�os para combater o antissemistismo em qualquer lugar que se encontre", completou. O Papa defendeu ainda a paz entre israelenses e palestinos. "A esperan�a de muitos homens, mulheres e crian�as por um futuro mais seguro e mais est�vel depende do �xito de negocia��es de paz entre entre israelenses e palestinos", declarou. "Junto com todos os homens de boa vontade, suplico a todos aqueles com alguma responsabilidade que explorem toda via poss�vel para buscar uma solu��o justa �s enormes dificuldades, para que os dois povos possam viver em paz em uma p�tria pr�pria, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas". O Pont�fice pronunciou 13 vezes a palavra paz no discurso. "Espero e rezo para que se possa, em breve, criar um clima de maior confian�a, que permita �s partes conquistar progressos reais no caminho para a paz e a estabilidade", disse. "A esperan�a de muitos homens, mulheres e crian�as por um futuro mais seguro e mais est�vel depende do �xito das negocia��es de paz entre israelenses e palestinos". Em um gesto pouco comum, Peres recebeu o pont�fice com palavras em latim, o idioma oficial da Santa S�: "Ave Benedicte, princeps fidelium qui hodie terram sanctam visitas" (Sa�do o fiel entre os fi�is que inicia hoje uma visita � Terra Santa). "Considero sua visita aqui, na Terra Santa, como uma miss�o espiritual da maior import�ncia, uma miss�o de paz. Uma miss�o para espalhar as sementes da toler�ncia e erradicar as do fanatismo", completou Peres em ingl�s. Depois de passar pela Jord�nia, Bento XVI visita Israel por cinco dias, em uma viagem que tamb�m o levar� ao territ�rio palestino da Cisjord�nia. Durante a visita, o pont�fice alem�o, de 82 anos, cumprir� uma agenda apertada. � tarde, o Papa visitar� o Memorial do Holocausto em Jerusal�m, sem entrar no museu para evitar a pol�mica pela exist�ncia de uma placa contra a figura do Papa Pio XII, acusado de ter mantido sil�ncio durante o genoc�dio nazista. Israel adotou medidas de seguran�a excepcionais para a visita do pont�fice. O desejo do Papa de beatificar Pio XII, acusado por historiadores judeus de ter sido pasivo ante o Holocausto nazista dos judeus, pesa nas rela��es com Israel, contr�rio � beatifica��o. Ele tamb�m aproveitar� a visita a Bel�m para conhecer o campo de refugiados de Aida, onde falar� diretamente ao povo palestino, uma decis�o que incomoda as autoridades israelenses. E ser� o primeiro Papa a visitar a C�pula da Rocha de Jerusal�m, terceiro local sagrado para os mu�ulmanos. Antes de deixar a Jord�nia nesta segunda-feira, ao fim de uma visita de quatro dias, Bento XVI defendeu a toler�ncia religiosa entre crist�os e mu�ulmanos. Papa defende a paz e condena o antissemitismo ao chegar em Israel. O Papa sa�da um menino ao chegar ao Monte Scopus, em Jerusal�m. Fonte: AFP
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