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Dilma recebe homenagem durante festa em "berço político" do PT

Dilma é homenageada com flores durante comemoração dos 50 anos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Dilma recebe homenagem durante festa em

Foto: Tiago Queiroz/Agência Estado

Roney Domingos

A participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na comemoração dos 50 anos do Sindicato dos Metarlúrgicos do ABC nesta terça-feira (12) foi marcada por homenagens à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como pré-candidata à presidência da República em 2010.

Logo depois de chegar, a ministra recebeu um vaso de flores de uma dirigente sindical. "As flores têm um significado. Sabemos que você é guerreira e a continuidade da sua luta depende muito de você", disse Sérgio Nobre, atual presidente do sindicato dos metalúrgicos à ministra, que está em tratamento por conta de um linfoma (tipo de câncer).

Após essa declaração de Nobre, a plateia formada por cerca de 300 sindicalistas aplaudiu a ministra e entoou "Olê, Dilma, Olê Dilma", lembrando o refrão de campanha do presidente Lula.

Durante seu discurso, interrompido às pressas para não perder o avião, o presidente Lula também fez questão de mencionar a ministra. Lula falava sobre a dificuldade que o sindicato sempre teve para obter conquistas, principalmente na época da ditadura.

O presidente lembrou que, durante uma reunião, um conhecido sindicalista foi perseguido por ter pedido um minuto de silêncio pelos presos políticos. Foi a oportunidade para citar Dilma.

"O companheiro Afonso (um sindicalista) foi perseguido injustamente, porque pediu um minuto de silêncio para quem estava preso. E sabem quem estava preso? Dilma Rousseff. Era homenagem a uma menina de 20 anos que foi torturada. Qual a vantagem dela?", perguntou Lula.

Em seguida, o presidente contou que recentemente sobrevoava as instalações do II Exército, em São Paulo, ao lado de Dilma, e ela lembrou que foi presa no local.

"Mas ela me disse: eu não tenho mágoas, aquilo foi um processo e o processo passou".

Negociações

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, entregou a Lula uma proposta para "ampliar a liberdade de negociação coletiva" entre empresas e trabalhadores.

Logo após receber o projeto, Lula afirmou: "Muitas vezes o dirigente não tem interesse de politizar as pessoas. Aqui nesse sindicato, não conquistamos comissão de fábrica por lei", disse

O sindicato deve apresentar o projeto de lei sobre a proposta dentro de dois meses.

O documento menciona "menor intervenção do governo, mas sempre sob garantia de que os atuais direitos serão respeitados."

Os sindicalistas querem fazer com que a legislação incentive a disseminação, para todo o país, do modelo de negociação forjado pelos metlúrgicos do ABC, com representação sindical dentro das fábricas.

"A proposta redefine o papel do Estado nas negociações, mas sem anular avanços", afirma o sindicato.

A entidade promete ainda que a nova legislação vai se limitar a propor negociações dentro da realidade de cada empresa, de forma individualizada, permanente e com aprovação direta dos trabalhadores.

"O que os trabalhadores pretendem é que a experiência, hoje restrita ao ABC, seja estendida a outras regiões do país", diz o documento.

Dilma recebe homenagem durante festa em "berço político" do PT
Presidente participou da festa de 50 anos do sindicato que comandou.
Lula recebeu proposta para ampliar negociações trabalhistas.

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir