Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-05-2009

Preocupa o impacto que CPI da Petrobras pode ter, diz Gabrielli
Gabrielli durante visita ao Senado semana passada
Preocupa o impacto que CPI da Petrobras pode ter, diz Gabrielli
Foto: Dida Sampaio/AE

Cl�udia Trevisan

PEQUIM - O presidente da Petrobras, Jos� S�rgio Gabrielli, disse nesta ter�a-feira, 19, que a instala��o da CPI da Petrobras preocupa pelo impacto que ela pode ter sobre a reputa��o da empresa. Mas ressaltou que a estatal prestar� todas as informa��es que sejam requeridas pelos parlamentares.

"A reputa��o de uma empresa como a Petrobras � algo que preocupa os empregados, os acionistas, os fornecedores", afirmou. Gabrielli lembrou que esteve no Senado e disse que a Petrobras est� disposta a esclarecer qualquer d�vida dos parlamentares. Mesmo assim, o Senado decidiu pela instala��o da CPI.

Lideran�as do governo discutem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), nomes da base aliada no Senado que poderiam emplacar como relator e presidente da CPI instalada para investigar irregularidades na Petrobras. A reuni�o foi aberta logo ap�s o presidente em exerc�cio Jos� Alencar assinar mensagem de indica��o da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) como l�der do governo no Congresso.

Fontes ouvidas pela Ag�ncia Estado disseram que o ministro de Rela��es Institucionais, Jos� M�cio Monteiro, defende o nome do senador Gim Argello (PTB-DF) para a relatoria. J� Ideli demonstrou, em conversa informal no CCBB, resist�ncia ao nome de Argello. Mas, mesmo petistas, avaliam que ela deve se concentrar na lideran�a do governo para se cacifar no posto.

Parlamentares do PT demonstraram, nas conversas de hoje, que n�o consideram uma boa solu��o indicar para a fun��o o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que n�o teria grande capacidade de movimenta��o entre os senadores que v�o compor a comiss�o. E estes, Mercadante e Ideli, seriam os �nicos nomes do partido de confian�a do Planalto.

Nesse quadro tra�ado por petistas e at� pelo ministro M�cio, parece com mais for�a o nome do senador Romero Juc� (PMDB-RR) que poderia inclusive compor uma dobradinha com Argello, um na presid�ncia outro na relatoria. Uma coisa � certa, segundo disse uma fonte do governo: a tropa de choque governista na CPI e fora dos seus holofotes ser� integrada por Juc� e Renan Calheiros (PMDB-AL), que, sendo assim, conseguir� voltar � evid�ncia no notici�rio do Senado depois dos esc�ndalos que o derrubaram da presid�ncia da Casa.

As discuss�es sobre os nomes que ser�o indicados prosseguem no CCBB, mas a decis�o s� ser� tomada ap�s consulta ao presidente Lula, que est� em viagem ao exterior. Os governistas, nos encontros de hoje no CCBB, definiram como discurso para justificar o controle da relatoria e da presid�ncia da CPI pela base o rod�zio de partidos no comando das CPIs instaladas. E agora seria a vez dos partidos da base governista.

Ao deixar o pr�dio do CCBB, Ideli tentou demonstrar que a �nica preocupa��o dela � com quest�es or�ament�rias. "S�o os l�deres do governo no Senado que est�o conduzindo e tocando as a��es na CPI", disse. A uma pergunta se tinha interesse de participar do comando da CPI ou indicar nomes, ela respondeu: "eu n�o tenho interesse". "Minha tarefa � cuidar do or�amento e das quest�es de verbas", completou.

(Com Leonencio Nossa, da Ag�ncia Estado)

Preocupa o impacto que CPI da Petrobras pode ter, diz Gabrielli.
Presidente da estatal ressaltou que prestar� todas as informa��es que sejam requeridas pelos parlamentares.

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir