Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 02-06-2009

Aeronave da FAB usou alta tecnologia para localizar destroços
Aeronaves R99 (esquerda) e P95 são usadas pela Força Aérea nas buscas pelo Airbus
Aeronave da FAB usou alta tecnologia para localizar destroços
Foto: Carla Lyra/G1

Uma aeronave modelo R-99 da Força Aérea Brasileira (FAB) localizou, na madrugada desta terça-feira (2),vestígios que podem ser do voo 447 da Air France. O R-99 decolou de Fernando de Noronha ontem às 22h35. Por volta de 1h, foram identificados os primeiros sinais de fuselagem no oceano, a 650 km do arquipélago.

O avião tem vários sensores. Entre eles um radar chamado de ‘abertura sintética’, localizado na parte inferior da aeronave. O equipamento marcou as coordenadas geográficas, delimitando a área de busca.


Reforço da Marinha
A Marinha direcionou, no início da tarde desta terça-feira, cinco navios com equipamentos para resgate de sobreviventes para o local onde pilotos da Aeronáutica avistaram objetos que podem ser do Airbus 330-200.

Uma aeronave pertencente à Marinha francesa chegou à base militar em Natal (RN).

Reforço da FAB

A Aeronáutica enviou, nesta terça-feira, mais aviões e aumentou o efetivo de militares no trabalho das buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no caminho entre Rio de Janeiro e Paris, na noite de domingo (31), com 228 pessoas a bordo, sendo 59 brasileiros. Até esta segunda-feira (1º), 100 militares se dividiam em frentes de ações em Natal, Recife e Fernando de Noronha.

As aeronaves que trabalhamnas buscas do voo AF 447 localizaram vestígios e pequenos destroços no oceano, mas ainda não há confirmação de que sejam do Airbus desaparecido. Uma aeronave pertencente à Marinha francesa chegou à base militar em Natal (RN).

O que garantiu o sucesso da operação foi a alta tecnologia dos aviões R-99, usados pela Aeronáutica há 7 anos. O aparelho custa US$ 43,5 milhões. Normalmente, é usado pelo sistema de vigilância da Amazônia - o Sivam. O mesmo radar que localizou os destroços é capaz de enxergar o que está por baixo das copas das árvores para encontrar focos de incêndio e até pessoas. Por isso, os militares dizem que eles são os olhos e os ouvidos da FAB.

"Como é que ele faz isso? À procura de massa, no caso de objetos metálicos e coisas assim, e diferença de temperatura, diferença térmica. Ou seja, a temperatura do mar é a base, e qualquer coisa que esteja sobre ela que tenha uma temperatura diferente será localizada, mas com precisão milimétrica", explica Roberto Godoy, especialista em assuntos militares.

Durante toda a madrugada, os aviões da FAB se revezaram na busca por vestígios do Air Bus da Air France. Quando o dia clareou, dois Hércules C-130 sobrevoaram a região e conseguiram visualizar os destroços, óleo e querosene em duas áreas, distantes 60 km uma da outra.

Aeronave da FAB usou alta tecnologia para localizar destroços
Modelo R-99 da Força Aérea foi usado na varredura do oceano.
Normalmente, ele é usado no controle de incêndios na Amazônia.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir