Categoria Economia  Noticia Atualizada em 13-06-2009

Em dia de instabilidade, Bovespa fecha com alta de 0,28%
A Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) fechou o dia com alta de 0,28%, aos 53.558 pontos.
Em dia de instabilidade, Bovespa fecha com alta de 0,28%
Foto: http://veja.abril.com.br

A alta foi garantida pelos pap�is da Petrobras e pela ligeira recupera��o observada nos �ndices americanos, que tamb�m oscilaram bastante hoje. A favor do movimento de compra, os agentes tamb�m tiveram a necessidade de atualizar posi��es em rela��o aos ganhos de ontem em Nova York, quando o mercado local fechou pelo feriado.

Alguns operadores acreditam que esse movimento foi garantido por estrangeiros, que n�o tiveram feriado ontem e atuaram normalmente nesta jornada. A valoriza��o aqui s� n�o foi maior devido � forte baixa dos pap�is da Vale, que concentraram o maior volume financeiro do dia: R$ 1,066 bilh�o.

Mais cedo, o Ibovespa chegou a subir para a m�xima de 53.935 pontos, mas a trajet�ria de alta n�o se sustentou ap�s a Vale ter anunciado o in�cio das negocia��es de pre�o de min�rio de ferro com a China, pa�s que � grande comprador.

Segundo agentes de mercado, as expectativas n�o s�o muito favor�veis na negocia��o, pois, sendo um grande player, a China deve pleitear uma redu��o maior no pre�o da mat�ria-prima do que a fechada com outros clientes da Vale.

Al�m disso, o BMO Capital Markets diminuiu a avalia��o sobre as a��es da Vale de "acima da m�dia do mercado" ("outperform") para "m�dia de mercado" ("market perform").

A alta das a��es da Petrobras, por sua vez, segurou a eleva��o do Ibovespa durante boa parte do dia. Mesmo tendo a classifica��o de risco piorada pela ag�ncia Standard & Poor�s, os agentes continuaram comprando pap�is da petroleira, em ajuste justificado pela forte alta do petr�leo ontem, que fechou acima dos US$ 73 por barril.

Felipe Casotti, economista e gestor de renda vari�vel da M�xima Asset Management, lembra ainda que na segunda-feira (15) ocorre o vencimento de op��es sobre Ibovespa Futuro, o que pode ter contribu�do para varia��es mais dr�sticas dos dois principais pap�is da bolsa.

Cen�rio

Para come�ar a lista de not�cias, o corte de juros b�sicos pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central - de 1 ponto porcentual, para 9,25% ao ano, maior dos que as expectativas de 0,75 ponto porcentual - na noite de quarta-feira, quando os mercados j� estavam fechados.

Divulgadas na quinta-feira, as vendas do varejo norte-americano no m�s de maio, registraram expans�o (0,5%) pela terceira vez em cinco meses, mas o crescimento refletiu o aumento dos valores recebidos pelos postos de gasolina, em raz�o da alta de pre�os desses produtos nas bombas. Economistas consultados pela Dow Jones projetavam alta de 0,6%. Os dados de abril foram revisados em alta, de uma queda de 0,4% para um decl�nio mais ameno de 0,2%.

Tamb�m os dados de pedidos de aux�lio-desemprego da semana passada nos EUA (igualmente divulgados na quinta) foram favor�veis, sugerindo que o ritmo de demiss�es continuou a ficar mais moderado em junho. O n�mero de norte-americanos que procuraram os balc�es de concess�o do benef�cio pela primeira vez caiu 24 mil, para 601.000 na semana encerrada em 6 de junho, surpreendendo os economistas, que previam estabilidade no n�mero. Os dados da semana anterior foram revisados em leve alta.

Os dados e mais as commodities, al�m de um bem-sucedido leil�o de US$ 11 bilh�es em t�tulos do Tesouro americano de 30 anos, impulsionaram as Bolsas norte-americanas ontem. O Dow Jones subiu 0,37% e o Nasdaq ganhou 0,5%. Al�m disso, ADRs de Vale e Petrobras fecharam ontem com boa alta, respectivamente, 4,73% e 3,96%.

Dados negativos

Entretanto, nesta manh�, a produ��o na zona do euro mostrou nova queda recorde em abril. A produ��o caiu 1,9%, ante mar�o, e 21,6% ante abril de 2008. O recuo anual � o mais pronunciado desde que os registros come�aram em janeiro de 1990.

O resultado foi pior do que o esperado por analistas, que previam queda de 0,6% no m�s e de 20,1% no ano. Os dados indicam desempenho pior do que o de mar�o, quando os n�meros foram revisados para um decl�nio de 1,4% no m�s e de 19,3% no ano.

A not�cia contrabalan�ou dados melhores de produ��o da China, Jap�o e �ndia. A produ��o industrial da China subiu 8,9% em maio, em compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, acelerando ante a alta de 7,3% em abril (acima das previs�es de crescimento de 7,8%).

A produ��o industrial japonesa foi revisada de uma alta de 5,2% para 5,9% em abril, na compara��o com o m�s anterior. Na �ndia, a produ��o industrial subiu 1,4% em abril, ante igual m�s de 2008, o que configurou uma revers�o na contra��o de 0,8% de mar�o. Ainda no Jap�o, o �ndice do sentimento do consumidor do Jap�o subiu 3,3 pontos, para 35,7 em maio, o n�vel mais alto desde mar�o de 2008. O dado de mar�o foi revisado ante uma previs�o inicial de decl�nio de 2,3%.

As vendas no varejo da China subiram 15,2% em maio, ante igual m�s do ano passado, acelerando em rela��o � alta de 14,8% em abril.

Outra not�cia que pode gerar efeitos nos pap�is de Petrobras em plena briga pelos vencimentos foi a do rebaixamento pela Standard & Poor's, na noite de quarta-feira. A ag�ncia reduziu o rating de cr�dito corporativo da estatal de BBB para BBB- (n�vel mais baixo da escala de grau de investimento), com perspectiva est�vel.

Segundo a S&P, o gigantesco plano de investimentos da companhia para os pr�ximos cinco anos em meio ao cen�rio de pre�os dom�sticos e internacionais mais baixos para o petr�leo no longo prazo deve resultar num fluxo de caixa operacional livre negativo, o que exigir� um significativo esfor�o de financiamento.

Em dia de instabilidade, Bovespa fecha com alta de 0,28%

Fonte: MidiaCon
 
Por:  Robson Souza Santos    |      Imprimir