Movimento pede contratações e infra-estrutura para atendimento.
Liminar do STJ concedida ao INSS determina suspensão da paralisação.
Foto: Juliana Cardilli/G1 Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deflagraram greve nacional nesta terça-feira (16), por tempo indeterminado, segundo informou o sindicato da categoria.
Segundo Marcos Crispim, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Trabalho no Estado do Rio (Sindsprev-RJ), 22 estados confirmaram adesão ao movimento durante votação nacional. "Isso representa cerca de 89% do funcionalismo da previdência no país", disse.
O dirigente, no entanto, diz não saber quantos funcionários e agências devem aderir. Segundo Rolando Medeiros, também do Sindsprev-RJ, atualmente há de 20 mil a 25 mil servidores do INSS em todo o país, de acordo com estimativa do sindicato.
O Ministério da Previdência Social confirmou ao G1 a paralisação de algumas agências nesta manhã, mas não especificou quantas e quais. Um balanço da interrupção dos serviços só deve ser divulgado durante a tarde.
De acordo com o sindicato, entre as principais reivindicações da greve estão a contratação imediata de novos servidores, jornada de 30 horas semanais sem redução de salário prevista em acordo com o governo, melhorias na infra-estrutura dos postos de atendimento, além de paridade salarial entre servidores ativos e aposentados.
Não há previsão sobre a duração do movimento, segundo Medeiros, que diz que a categoria aguardará o avanço das negociações do governo para fazer estimativas.
A orientação para beneficiários do INSS é de que não compareçam às agências nesta terça, mesmo para serviços agendados.
"Não iremos fazer nenhum tipo de atendimento. Não adianta ir às agências. Todas as perícias serão reagendadas após a greve", diz Marcos Crispim.
Suspensão
Na segunda-feira (15) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar requerida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para suspender a greve dos servidores.
Se a greve for mantida, a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social (Fenasps) receberá multa diária de R$ 100 mil.
De acordo com os diretores do sindicato, a intenção da categoria é manter a paralisação, mesmo com a proibição da Justiça. "A liminar determina que a Fenasps se abstenha de organizar essa greve. Então tiramos o comando da paralisação da Federação e transferimos para os estados. Assim, não descumprimos a lei", diz Rolando Medeiros, do Sindsprev-RJ.
Para Marcos Crispim, um dos diretores do Sindicato, a interpretação da liminar favorece a continuidade do movimento. " A liminar diz que a Fenasps não pode fazer a greve; mas quem faz a greve é a categoria, não é a entidade", diz.
Greve paralisa agências do INSS por tempo indeterminado, anuncia sindicato
Fonte: G1
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