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Alexandre Costa Pereira
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Jovem iraniana Neda Agha Soltani, morta durante protesto
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Foto de arquivo da jovem iraniana Neda Agha Soltani, morta durante protesto no s�bado, em Teer�
 Foto: AFP TEER� (AFP) � A pol�cia usou bombas de g�s lacrimog�neo para dispersar cerca de mil partid�rios da oposi��o que protestavam nesta segunda-feira no centro de Teer�, apesar da advert�ncia do ex�rcito ideol�gico do regime isl�mico de reprimir qualquer manifesta��o contra a controvertida elei��o presidencial de 12 de junho. No d�cimo dia de uma crise sem precedentes nas tr�s �ltimas d�cadas no Ir�, o poder iraniano acusou novamente o ocidentais de inger�ncia. Frente � escalada da viol�ncia, a Gr�-Bretanha, um dos alvos principais destas acusa��es, e a It�lia, recomendaram a seus cidad�os que n�o viajem ao Ir�. Londres tamb�m vai repatriar as fam�lias dos funcion�rios de sua embaixada em Teer�, onde uma manifesta��o de estudantes aliados do poder est� prevista para ter�a-feira. J� a R�ssia conclamou as autoridades iranianas a solucionar "as diferen�as" com a oposi��o atrav�s "da Constitui��o", depois que os Guardi�es da Revolu��o amea�aram esmagar qualquer protesto contra a reelei��o do presidente Mahmoud Ahmadinejad. "As diverg�ncias devem ser solucionadas em estrita conformidade com a Carca Constitucional e a legisla��o" iranianas, destacou em comunicado o Minist�rio das Rela��es Exteriores russo. Cerca de mil partid�rios da oposi��o, que pede a realiza��o de uma nova elei��o ap�s a vit�ria contestada do presidente ultraconservador Mahmud Ahmadinejad, se reuniram durante tr�s horas na tarde desta segunda-feira na pra�a Haft-� Tir, uma das maiores de Teer�, onde estavam 500 policiais e milicianos isl�micos "bassij", aliados do regime. A pol�cia disparou bombas de g�s lacrimog�neo, relataram testemunhas, afirmando que 50 a 60 pessoas foram presas. Os carros que passavam pelo local e buzinavam em apoio aos manifestantes eram "marcados" com tinta para que a pol�cia possa prender seus ocupantes depois. A manifesta��o havia sido convocada em homenagem � jovem manifestante Neda, morta s�bado ao receber uma bala no peito, segundo um v�deo amplamente divulgado na internet. Grupos de "bassij", a mil�cia isl�mica, armados com peda�os de pau, cassetetes e cabos de a�o perseguiram os manifestantes. Alguns foram presos pela pol�cia. Os militantes ignoraram a advert�ncia dos Guardi�es da Revolu��o, o corpo de elite da Rep�blica Isl�mica, que amea�aram com uma resposta "decisiva e revolucion�ria para acabar com o compl� e os tumultos". Foi a primeira advert�ncia deste tipo lan�ada pelos Guardi�es (Pasdaran) desde o in�cio, em 13 de junho, da contesta��o dirigida por Mir Hossein Moussavi, principal advers�rio de Ahmadinejad na elei��o presidenjcial. Na v�spera, Moussavi, um ex-primeiro-ministro (1980-1989), conclamara seus partid�rios a continuar protestando "contra a mentira e a fraude". Contudo, tinha recomendado aos manifestantes evitarem qualquer tipo de provoca��o, e pedido � pol�cia e ao ex�rcito que n�o recorressem ao uso excessivo da for�a. Pelo menos 10 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridos nas manifesta��es de s�bado, segundo a televis�o estatal. Assim, o n�mero de mortos em Teer� desde o in�cio dos tumultos chegou a 17. Os manifestantes denunciaram a rea��o desproporcional da pol�cia, que n�o duvidou em atirar com balas reais. Mis de 460 pessoas foram detidas, segundo a TV. O Conselho dos Guardi�es da Constitui��o, que deve se pronunciar at� quarta-feira sobre as queixas por irregularidades emitidas pelos advers�rios de Ahmadinejad, admitiu que houve mais votos que elei��es potenciais em 50 dos 366 distritos do pa�s. O Conselho garantiu, por�m, que isso n�o influenciar� os resultados da elei��o. Muitas vozes se elevaram desde o dia 12 de junho para condenar a onda de viol�ncia em Teer�, levando o poder iraniano a denunciar a "inger�ncia" dos ocidentais. "Os pa�ses ocidentais se intrometeram no processo eleitoral exagerando as manifesta��es organizadas contra os resultados da vota��o", acusou o porta-voz do minist�rio das Rela��es Exteriores, Hassan Ghashghavi, criticando principalmente a Fran�a e a Gr�-Bretanha. Ele atacou duramente a BBC, que teve seu correspondente expulso do pa�s. Manifesta��o � reprimida com viol�ncia em Teer�. Foto de arquivo da jovem iraniana Neda Agha Soltani, morta durante protesto no s�bado, em Teer�. Fonte: AFP
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