Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-06-2009

Leila Lopes . A atriz, que viveu a professora Suzane na novela O Rei do Gado, protagoniza filme porn
A atriz, que viveu a professora Suzane na novela O Rei do Gado, protagoniza filme pornô que deve ser lançado em julho
Leila Lopes . A atriz, que viveu a professora Suzane na novela O Rei do Gado, protagoniza filme porn
Foto:Denise Adams

Há quase dois anos, circulam boatos sobre a escalação de Leila Lopes – que em 1996 viveu a sedutora professorinha Suzane na novela O Rei do Gado – para um filme pornô. Comenta-se que o longa de sexo havia sido rodado há um ano, quando a atriz ainda era casada. Até duas semanas atrás, porém, ela jurava que era tudo especulação. Com o lançamento de Pecados & Tentações, o tal filme, marcado para julho, Leila voltou atrás e assumiu ter aceitado uma "irrecusável" proposta financeira da produtora Brasileirinhas, a mesma que levou Alexandre Frota, Rita Cadillac e Gretchen para os sets.

Em entrevista exclusiva a QUEM, ela conta por que aceitou o convite, fala da separação do auditor de empresas Gean Fronterotta, com quem esteve casada por sete anos, e de seu afastamento da TV Globo – na emissora, seu último papel foi em Malhação, em 1997. No meio da conversa, afirma que é um "vulcão sexual", apelido que ganhou nos tempos de O Rei do Gado. "Sempre gostei de sexo. Sou uma escorpiana."

No filme, Leila interpreta Marlene, uma mulher provocante de típica família da classe média carioca dos anos 50. Sua personagem participa de duas cenas de sexo, ambas com o primo seminarista, vivido por Carlos Bazuca. "A história é Nelson Rodrigues puro, é incrível. Toda a equipe aplaudiu quando acabei de filmar", conta. Em duas horas de bate-papo, a única coisa que Leila se recusou a responder foi a idade. "Aí você quer que eu me exponha demais, meu bem. Digamos que já passei dos 40", diz, antes de soltar uma gargalhada.

QUEM: É verdade que você estava casada quando rodou Pecados & Tentações?
LEILA LOPES: Fui casada com Gean (Fronterotta, auditor de empresas) até dezembro. E comecei a filmar há duas semanas, quando rodei a primeira cena, no Rio. Não faria se estivesse casada. E tem mais: é um filme de época, baseado em Nelson Rodrigues. Exigi que minha personagem, a Marlene, tivesse pai, mãe, irmã, empregada, papagaio...

QUEM: Eles participam das suas cenas de sexo?
LL: Não! Só faço cena com o Carlos Bazuca, ator que eu mesma escolhi. São duas cenas de sexo. Passei um dia inteiro vendo filmes eróticos para definir quem seria o escolhido. Pensei no estilo do personagem, que é um seminarista. Queria alguém jovem, com peito cabeludo e psiquê de seminarista.

Esse filme vai me dar o que 20 anos de trabalho não me deram. Acredito que seja o maior cachê já pago para uma atriz fazer um filme erótico no Brasil.

QUEM: Por que surgiram os boatos de que o filme estava pronto há um ano?
LL: Sempre fui sondada para fazer filmes e, no ano passado, o Alexandre Frota comentou na imprensa que eu faria. Daí surgiram os boatos, mas eu nem fazia idéia. Ele falou de boca grande que é.

QUEM: Seu ex-marido apóia você nesse trabalho?
LL: Não, ele está sem falar comigo. Mas é o meu grande amor, no sentido de irmandade. Eu nunca o traí, esse verbo não faz parte do meu vocabulário. Sou low profile. Nunca abri minha intimidade para ninguém.

QUEM: Fazer um filme pornô não é abrir sua intimidade?
LL: Esse filme vai garantir meu futuro. Meu sonho é morar em Florianópolis, abrir um negócio por lá com meus parentes. Esse filme vai me dar o que 20 anos de trabalho não me deram. Acredito que seja o maior cachê já pago para uma atriz fazer um filme erótico no Brasil. Além disso, sou solteira, não tenho pai, mãe, filhos. Não tenho que dar explicação moral do que faço.

QUEM: Seu cachê vale mais do que o prêmio de um Big Brother?
LL: O Big Brother dura três meses. O filme é só um trabalho. Fez aquilo, acabou.

QUEM: Você sentiu prazer nas cenas de sexo?
LL: Incorporei a personagem. Eu não senti nada, não tive orgasmo. Fiz as caras e bocas de Marlene, envolvida com um primo seminarista. E só. Comparo o diretor do filme, J. Gaspar, com o Luiz Fernando Carvalho, que é o maior diretor da Globo, com quem trabalhei em O Rei do Gado. A preocupação dele com a luz é tão incrível, que me deixou encantada. Nos intervalos, tinha sempre alguém pronto para me entregar um roupão, para me proteger... Tive que parar algumas vezes para beber água.

QUEM: Não precisou tomar alguma bebida alcoólica para relaxar?
LL: Não bebo álcool. Consegui fazer as cenas pelo carinho que a equipe teve comigo. Foi um respeito que eu não vi nem em set de novela. Eu imaginava que era só chegar e fazer sexo logo. Pensava que era sexo, drogas e rock’n’roll. Agora posso falar: já vi muito mais pegação nos bastidores de novela do que nos de um filme erótico.

QUEM: Você se divertiu?
LL: Eu estava nervosa por ter que atuar e fazer sexo ao mesmo tempo... Depois de um dia inteiro de filmagem, chorei muito. Fiquei abalada. Foi a primeira vez que transei com alguém que não fosse meu namorado.

QUEM: Tem medo de que esse trabalho prejudique sua volta à TV?
LL: Jamais. Não sei por que as pessoas ainda se surpreendem com sexo. E os filmes da Vera Fischer na pornochanchada, o próprio filme da Xuxa, que circula por aí, o filme da Paris Hilton transando na internet? Simulei várias cenas de sexo com Oscar Magrini em O Rei do Gado. Passava mais tempo na cama com o personagem do que fora dela. Na época, eu era chamada de "vulcão do horário nobre".

Não bebo álcool. Consegui fazer as cenas pelo carinho que a equipe teve comigo. Foi um respeito que eu não vi nem em set de novela.Não bebo álcool. Consegui fazer as cenas pelo carinho que a equipe teve comigo. Foi um respeito que eu não vi nem em set de novela.

QUEM: Você ainda é esse vulcão" todo?
LL: Faço questão que você assista ao filme e depois me diga. Sempre gostei de sexo. Sou uma escorpiana. Sexo é fundamental em qualquer relação. Minha fantasia é entre quatro paredes, me esconder atrás da porta e surpreender com velas e perfumes. Não sou de fazer sexo em locais apertados, em cabine de avião, essas coisas.

QUEM: Por que você saiu da TV Globo?
LL: Não posso entrar em detalhes, porque estou escrevendo um livro com todos os segredos da minha vida. Depois de 15 anos na emissora, saí por causa da política de contratação e de escalação de elenco.

QUEM: O que significa isso? Recebeu cantada de diretores?
LL: Nenhum diretor me obrigou a fazer sexo em troca de papel em novela, mas já fui assediada lá dentro. Eu era casada com o milionário José Vicente, dono de empreiteiras importantes do governo Collor. Todos da Globo tinham um ótimo tratamento com a gente. Depois da queda do Collor e da falência das empreiteiras, fomos deixados de lado.

QUEM: E por isso você foi esquecida?
LL: Depois disso ainda fiz O Rei do Gado. Muita gente usufruía das nossas mordomias, só não cito nomes para não ser processada. Mudou a maneira como me tratavam lá dentro, depois que passei a ser uma falida já não interessava tanto.

QUEM: Não ficou com nenhuma pensão dos ex-maridos ricos?
LL: Não, porque fui burra. Sou uma grande ingênua. Sempre fui pautada pelo amor.

QUEM: Você foi amante do ator Oscar Magrini na época de O Rei do Gado, em 1996?
LL: Bem lembrado! Muito se falou disso. Nunca fui amante dele. Sou amiga da mulher dele, a Matilde Mastrangi. Aliás, grande atriz pornô, da época da pornochanchada. A gente sempre saía em grupo. Pena que não deu tempo de ligar para ela e pegar conselhos para fazer esse filme. Esse projeto foi uma correria na minha vida.

A professorinha que virou vulcão.
A atriz, que viveu a professora Suzane na novela O Rei do Gado, protagoniza filme pornô que deve ser lançado em julho. Leila Lopes . A atriz, que viveu a professora Suzane na novela O Rei do Gado, protagoniza filme pornô que deve ser lançado em julho A atriz, que viveu a professora Suzane na novela O Rei do Gado, protagoniza filme pornô que deve ser lançado em julho filme pornô

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Crispim José Silva    |      Imprimir