Categoria Economia  Noticia Atualizada em 29-06-2009

Dívida líquida sobe 3 pontos com exclusão da Petrobras do primário
Patamar de abril da dívida passou de 38,4% para 41,4% do PIB.
Dívida líquida sobe 3 pontos com exclusão da Petrobras do primário
Foto: www.marcosarouca.com

Alexandro Martello

O governo efetuou a exclusão da Petrobras das contas do setor público consolidado e, com isso, a relação da dívida líquida com o Produto Interno Bruto (PIB), indicador que é acompanhado com atenção por investidores internacionais, avançou três pontos percentuais, informou nesta segunda-feira (29) o Banco Central.

"As estatísticas de dívida líquida e necessidades de financiamento do setor público passaram a excluir de sua abrangência as empresas do Grupo Petrobras", informou o BC em nota à imprensa.

Em abril, antes de a Petrobras ser excluída, a dívida líquida representava 38,4% do PIB. Com a retirada da empresa do cálculo do superávit primário, a dívida subiu para 41,4% do PIB em abril e, em maio, avançou ainda mais: para 42,5% do PIB. Para o fim deste ano, a expectativa do BC é de que a dívida fique em 42% do PIB.
Economia para pagar juros

A economia feita pelo setor público para pagar juros da dívida pública, e tentar assim manter a sua trajetória de queda, também conhecida como "superávit primário" no jargão financeiro, caiu de R$ 11,95 bilhões em abril para R$ 1,11 bilhão em maio deste ano. No mês passado, a despesa com juros somou R$ 12,59 bilhões e o déficit, após a contabilização dos juros (chamado de resultado nominal) somou R$ 11,47 bilhões.
Acumulado do ano

No período de janeiro a maio deste ano, ainda segundo informações do Banco Central, o superávit primário somou R$ 31,87 bilhões, ou 2,69% do PIB. Isso representa uma queda de 55,3%, pois somou R$ 71,39 bilhões, ou 6,26% do PIB, em igual período do ano passado. Para todo este ano, a meta de superávit primário revisada é de 2,5% do PIB.

Até abril deste ano, quando a Petrobras ainda era contabilizada no setor público, o superávit primário estava em R$ 33,40 bilhões. Em maio, foi registrado um resultado positivo de R$ 1,11 bilhão, o que elevaria o valor para R$ 34,52 bilhões - pela contabilidade antiga. Com a exclusão da Petrobras, porém, o superávit até maio somou R$ 31,87 bilhões. O impacto de retirada da empresas, portanto, é de, pelo menos, R$ 2,64 bilhões no resultado primário do ano.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2009, a apropriação de juros totalizou R$ 65,43 bilhões, ou 5,53% do PIB, contra R$ 71,76 bilhões, ou 6,29% do PIB, em igual período do ano passado. Após a contabilização dos juros, as contas registraram um déficit nominal de R$ 33,55 bilhões de janeiro a maio, ou 2,84% do PIB, na comparação com um resultado negativo de R$ 375 milhões, ou 0,03% do PIB, em igual período de 2008.

Dívida líquida sobe 3 pontos com exclusão da Petrobras do primário
Patamar de abril da dívida passou de 38,4% para 41,4% do PIB.
Em maio, dívida avançou ainda mais, para 42,5% do PIB.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir