Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 30-06-2009

Como foi a Semana: “Eu devo tudo a Sylvinha”, diz o marido Eduardo Araújo
Como foi a Semana: “Eu devo tudo a Sylvinha”, diz o marido Eduardo Araújo - Jovem Guarda
Como foi a Semana: “Eu devo tudo a Sylvinha”, diz o marido Eduardo Araújo
Foto: Reprodução/TV Globo

A voz e o carinho transmitidos por Sylvinha Araújo são as virtudes mais lembradas por parentes e amigos que passam pelo velório da cantora da Jovem Guarda nesta quinta-feira (26). Casados havia 39 anos, seu marido, o também cantor Eduardo Araújo, define: "Eu devo tudo a ela. Ela me deu paz, harmonia. Eu aprendi a amar a vida, as pessoas, através dela".

Amigo do casal desde a década de 60, o cantor Agnaldo Timóteo esteve no cemitério no início da tarde e destacou a herança que a voz de Sylvinha vai deixar. "Ela vai deixar uma marca. Sua fantástica voz, a enorme perplexidade que criava nas pessoas quando cantava. Era uma voz raríssima, que vai ficar através de seus trabalhos", disse o cantor.

A família e os amigos se despedem da cantora desde a manhã no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O enterro, no mesmo local, está marcado para as 17h. Sylvinha morreu aos 56 anos, na noite de quarta-feira (25). Ela lutava contra um câncer de mama e estava internada no Hospital Nove de Julho, na região central de São Paulo, desde o dia 4 deste mês.

As cantoras Martinha, Cláudia e Joelma, também da Jovem Guarda, já passaram pelo local para se despedir da cantora. Segundo sua assessoria, muitos amigos têm ligado para manifestar seus sentimentos, como a cantora Vanuza.

O marido, que também fez sucesso com a Jovem Guarda, ressalta o amor que ela tinha pela música. "Ela amava cantar, a arte dela era em primeiro lugar. Ela queria as coisas muito bem feitas, e trabalhou muito para isso, para ser a cantora que ela era".

Família
Sylvinha deixou, além do marido, dois filhos, Mônica e Edu. "A voz maravilhosa dela encantou que encantou e emocionou muita gente. Ela era uma pessoa amável, do bem. O que fica dela é o ensinamento dela de uma vida de luta e conquistas", conta Edu.

A mãe da cantora, dona Elza Viera Peixoto, lamentava a dor da partida da filha. "Ela foi uma filha muito boa, amiga, só de olhar já sabíamos o que a outra estava pensando", conta. "Ela sempre procurou não fazer a gente sofrer, ate o último momento ela sempre quis nos poupar".

Para Eduardo Araújo, as marcas de sua relação com a mulher ficarão para sempre. "Eu era um chucro, eu costuma dizer que eu era um leão com juba e tudo. Ela cortou minha juba, e eu virei um gatinho. Graças a ela, que foi me fazendo aos poucos, com muita paciência, pude ver uma outra realidade".

Mesmo doente, Sylvinha continuava cantando, segundo informou sua assessoria. Antes de ser internada, ela estava envolvida no trabalho do DVD que celebra os 40 anos da Jovem Guarda. O DVD, lançado no ano passado, reúne ícones da música brasileira, como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia.

Nascida em Mariana, Minas Gerais, Sylvia Maria Peixoto também ficou conhecida por sua participação em jingles de campanhas publicitárias. Entre as músicas que ela cantava estavam "Feitiço de broto" e "Vou botar pra quebrar". Em 40 anos de carreira, vendeu mais de 1 milhão de discos.

Em recentes apresentações com o marido, o repertório incluía clássicos da jovem guarda como "Estúpido cupido", "Parei na contramão", "Eu sou terrível", "Vem quente que eu estou fervendo" e "Banho de lua", entre outras. Assista acima ao vídeo de "Baby ask me", apresentado pelo "Fantástico" em 1975.

"Eu devo tudo a Sylvinha", diz o marido Eduardo Araújo
Os dois cantores da Jovem Guarda estavam casados havia 39 anos.
Parentes e amigos, como Agnaldo Timóteo, ressaltam o legado da voz da cantora. Playboy Sexy e Paparazzo Sylvinha

Fonte: Juliana Cardilli

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Por:  Crispim José Silva    |      Imprimir