Categoria Politica  Noticia Atualizada em 30-06-2009

Novas autoridades reivindicam legalidade do golpe e Zelaya anuncia retorno
O presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya (E), participa de reuni�o do Grupo do Rio, em Man�gua
Novas autoridades reivindicam legalidade do golpe e Zelaya anuncia retorno
Foto: AFP

TEGUCIGALPA, Honduras (AFP) � As novas autoridades hondurenhas justificaram a destitui��o do presidente Manuel Zelaya por uma "falta de fidelidade � Rep�blica" e come�aram a governar o pa�s, alheias � condena��o un�nime da comunidade internacional.

Ao contr�rio do que acontece no exterior, onde a condena��o ao golpe de Estado de domingo foi un�nime, em Honduras, pol�ticos, empres�rios, meios de comunica��o e boa parte da popula��o parecem concordar com a destitui��o de Zelaya, que desafiou o novo governo e anunciou o retorno ao pa�s na quinta-feira.

Apenas algumas centenas de pessoas protestaram nas principais cidades do pa�s para defender o presidente e algumas ficaram feridas em confrontos com as for�as de seguran�a.

"Aqui n�o houve golpe de Estado porque os hondurenhos continuam regidos pela Constitui��o, que o governo anterior quis modificar sem nenhum fundamento e de maneira ilegal", afirmou o novo presidente designado Roberto Micheletti.

"Respeitamos a todo o mundo e s� pedimos que nos respeitem, nos deixem em paz, porque o pa�s se encaminha para elei��es livres e transparentes em novembro".

O Congresso criticou Zelaya pelas a��es de desafio �s autoridades constitu�das.

Um relat�rio divulgado na segunda-feira destaca falhas, mas a que foi determinante foi o projeto de Zelaya de reformar a Constitui��o para autorizar a reelei��o presidencial.

A conservadora sociedade hondurenha tamb�m n�o ficou satisfeita com a amizade de Zelaya com o presidente venezuelano, Hugo Ch�vez, que foi muito criticado por tentar interferir nos assuntos internos do pa�s.

Zelaya, no entanto, foi apoiado pela comunidade internacional. Estados Unidos, Uni�o Europeia e ONU, assim como os pa�ses da Alba e da Am�rica Central exigiram a restitui��o dele ao poder.

Na noite de segunda, os pa�ses do Grupo do Rio reafirmaram sua "en�rgica condena��o" ao golpe de Estado em Honduras e destacaram que Manuel Zelaya � o presidente leg�timo do pa�s centro-americano.

A resolu��o, lida pelo presidente do M�xico, Felipe Calder�n, d� o "total respaldo" a Zelaya e exige sua restitui��o, de forma "imediata e incondicional", ao cargo para o qual foi eleito democraticamente.

Os l�deres reunidos em Man�gua qualificaram os fatos ocorridos em Honduras de "viola��o flagrante" do direito internacional e taxaram de "inaceit�vel" o uso da for�a para derrubar governos leg�timos.

A declara��o, aprovada por unanimidade, "ignora qualquer legitimidade" do governo de Roberto Micheletti, designado pelo Congresso para substituir Zelaya, por se tratar do resultado de um golpe de Estado.

O documento pede � Assembl�ia Geral Extraordin�ria da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) a ado��o de medidas "dr�sticas" para restabelecer a vida democr�tica em Honduras e reinstalar seu presidente, Manuel Zelaya.

O presidente hondurenho foi deposto pelos militares no domingo passado, ap�s ignorar a decis�o do Congresso e da Justi�a contra um plebiscito sobre a reforma da Constitui��o.

Zelaya foi levado para a Costa Rica e a presid�ncia passou a Roberto Micheletti, titular do Congresso, encarregado de concluir o mandato presidencial, at� janeiro de 2010.

Novas autoridades reivindicam legalidade do golpe e Zelaya anuncia retorno.

O presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya (E), participa de reuni�o do Grupo do Rio, em Man�gua.

Fonte: AFP
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir