Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 06-07-2009

China tenta sem sucesso impedir divulgação de informações
Um homem observa um ônibus que foi incendiado durante os distúrbios
China tenta sem sucesso impedir divulgação de informações
Foto: AFP

XANGAI, China (AFP) — A China não conseguiu bloquear totalmente a saída de informações e imagens procedentes de Xinjiang depois dos distúrbios do domingo passado, algumas das quais difundidas nos sites Twitter e YouTube da rede, tal como aconteceu recentemente com as manifestações no Irã.

As autoridades chinesas tentaram filtrar da rede o material relacionado com as violências que explodiram no domingo à noite em Urumqi, a capital regional, deixando pelo menos 140 mortos e centenas de feridos, segundo um último balanço oficial
Mas estes elementos suprimidos reapareceram em sites com provedores fora da China, enquanto o Twitter transmitia imagens para todo o planeta.

Nesta segunda não era possível ter acesso na China a páginas de sites de relacionamento, assim como com o YouTube. Os principais motores de busca chineses não mostravam qualquer resultado para a consulta "Urumqi".

Mas, assim como no Irã no mês pasado, as informaciones sobre Urumqi vazaram para sites sociais, de imagens e o Twitter no exterior.

Um internauta, que se apresentou como um universitário americano, parece ter sido o primeiro a informar sobre os distúrbios através do Twitter, ao anunciar, antes dos meios de comunicação tradicionais, que as forças de segurança estavam bloqueando as estradas, e mais rapidamente ainda interrompendo as comunicações através de celulares e dos SMS.

Finalmente, 12 horas depois do anúncio na internet, a televisão oficial exibiu nesta segunda as primeiras imagens das violências, com muitas pessoas ensanguentadas, carros em chamas e saques.

Alguns internautas chineses conseguiram burlar a censura para dar sua opinião, como a autora do blog Wen Ni'er, que consegui se manifestar num site do Google, depois de várias tentativas frustradas.

"Os sites na China continental apagaram sistematicamente meus textos, o que viola a lei chinesa e meus direitos e liberdade. Quero dizer até que ponto estou enojada expressar minha condenação por tais atitudes", escreveu.

China tenta sem sucesso impedir divulgação de informações.

Um homem observa um ônibus que foi incendiado durante os distúrbios.

Fonte: AFP
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir