Categoria Politica  Noticia Atualizada em 16-07-2009

Manifestantes protestam em frente à casa de Yeda
Governadora do RS enfrenta denúncias de irregularidades; ela nega. Grupo quer impeachment de Yeda Crusius.
Manifestantes protestam em frente à casa de Yeda
Foto: Roberto Vinícius/Agência Free Lancer/AE

Manifestantes protestaram em frente à casa da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), na manhã desta quinta-feira (16), em Porto Alegre. O grupo, formado por sindicalistas e servidores, pediu o impeachment da governadora, que tem sido alvo de denúncias de corrupção no governo, como o suposto uso de caixa dois na campanha que a elegeu.

O protesto foi organizado CPERS, que representa os professores da rede estadual, e pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.

Segundo a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), os manifestantes levaram uma réplica de escola de lata para protestar contra a qualidade do ensino público e marcar um contraste com a casa onde mora Yeda, cuja compra é alvo de suspeitas de ter sido feita com dinheiro de caixa dois.

Conforme a revista "Veja", Carlos Crusius, ex-marido da governadora, teria recebido, logo após as eleições, a quantia de R$ 400 mil de duas empresas fabricantes de cigarro. O dinheiro teria sido utilizado no pagamento de contas pessoais do casal e na compra do imóvel. Ele disse "nunca ter visto" R$ 400 mil juntos.

A governadora, que tem negado as denúncias, criticou o fato de a manifestação ter ocorrido em frente à casa dela, e não, por exemplo, em frente ao Palácio Piratini. Ela se dirigiu aos manifestantes com cartazes que diziam que eles "torturam crianças".

Segundo o Batalhão de Operações Especiais, cinco pessoas foram conduzidas à delegacia por desobediência, resistência, depredação do patrimônio e tentativa de invasão.

A vereadora do PSOL, uma das pessoas detidas, disse ter sido agredida. "Começaram a empurrar, dar cacetete. Me prenderam sem explicar porque eu estava sendo presa. Não foi permitido que eu levasse um advogado na delegacia. Fui liberada por intervenção da Câmara porque eles não podem indiciar um vereador", disse. Ela afirmou que registrou um boletim de ocorrência contra o batalhão. A diretora do CPERS, Marliane dos Santos, também afirmou que houve agressão no momento em que os manifestantes já se retiravam do local.

O comandante do batalhão, coronel Silanus Mello, negou ter havido agressões. "Foi solicitado para eles desobstruírem a frente da casa, não aceitaram e foram sendo afastados da frente da residência. Um policial foi ferido no rosto pelos mastros das bandeiras", afirmou. Segundo ele, o protesto foi reprimido porque ali não era "um local de manifestação". "É uma zona residencial, constrangeu as pessoas", disse.

Manifestantes protestam em frente à casa de Yeda

Fonte: G1
 
Por:  Robson Souza Santos    |      Imprimir