Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-08-2009

Do Jeito que está vai acabar com a economia de Itaipava
Com essas palavras, Jorge Fernandes de Freitas presidente da...
Do Jeito que está vai acabar com a economia de Itaipava
Jorge Fernandes
Foto: www.maratimba.com

Com essas palavras, Jorge Fernandes de Freitas presidente da Associação de Pescadores e Armadores da pesca do Distrito de Itaipava – APEDI desabafou sobre as precárias condições do píer pesqueiro de Itaipava.

Jorge Fernandes afirma que as obras de construção do Terminal Pesqueiro foram paralisadas em 2006 por deficiências no projeto. Entretanto, como já se passaram três anos desde a paralisação das obras, os problemas se avolumaram e começam a atrapalhar a economia local fortemente apoiada na pesca.

Atualmente em razão das imperfeições apresentadas pelo projeto implantado pelo Governo do Estado em parceria com a Prefeitura de Itapemirim, o que era para ser um Terminal Pesqueiro está se transformando numa grande área de praia, de forma que durante a maré baixa os barcos maiores já têm dificuldades de adentrar na baía, uma vez que seus cascos já roçam o fundo assoreado.

Ainda de acordo com Jorge Fernandes, a APEDI já oficiou inúmeras vezes a Prefeitura sobre o risco eminente de interdição do píer em razão do grande e constante assoreamento.

As obras para a construção do Terminal iniciaram em 2005, sendo que a época o governo anunciava sua conclusão para o fim daquele ano, prometendo investimentos iniciais na ordem de R$ 2,4 milhões. Com o início da obra e o surgimento dos problemas, novos valores foram acrescentados a empreitada, algumas cifras vieram com a intenção de corrigir parcialmente o problema com a construção de um novo braço de enroncamento que inicialmente não estava previsto no projeto original.

O fato é que em razão da precariedade da infra-estrutura do local, boa parte das 400 embarcações que normalmente aportavam em Itaipava estão migrando para outras regiões, como Bahia e Santa Catarina, com isso enfraquecendo a economia local.

Cálculos da APEDI dão conta que para cada um dos barcos poder sair em pesca, sua tripulação movimenta no comércio local algo em torno de R$ 7 mil, entre despesas com viveres, combustível, gelo, etc, de forma que só com os preparativos para iniciar a pesca, os pescadores injetavam quinzenalmente no Distrito de Itaipava quase três milhões de reais.

Já o Governo do Estado estima que os pescadores de Itapemirim chegavam a comercializar no Terminal mais de 3 milhões de toneladas de pesca por ano, com parte dessa produção exportada para os mercados americanos, japoneses e europeus.

    Fonte: O Autor
 
Por:  Renato Alves    |      Imprimir