Categoria Economia  Noticia Atualizada em 28-08-2009

Siderúrgica da Vale em Ubu vai criar 18 mil empregos

Siderúrgica da Vale em Ubu vai criar 18 mil empregos
Foto: http://images.google.com

Antecipando em um dia o anúncio da nova siderúrgica em Ubu, no Sul do Espírito Santo, o presidente da mineradora Vale, Roger Agnelli, acabou confirmando ontem, durante a inauguração da primeira "wind fence" (barreira que serve para conter a dispersão das partículas de minério de ferro no ar), no complexo de Tubarão, que a empresa pretende construir uma planta industrial nos mesmos moldes daquela que faria em parceria com a chinesa Baosteel.

O executivo admite que o modelo do empreendimento é semelhante ao da Baosteel, mas menor. Tal como o projeto da siderúrgica chinesa, a nova planta industrial no Sul do Estado vai produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano, estaria orçada em aproximadamente US$ 3 bilhões e vai criar 18 mil empregos diretos na fase de implantação da usina, confirmou a Vale.

Agnelli disse que uma siderúrgica em Anchieta poderá viabilizar a construção da Ferrovia Litorânea Sul (FLS), ligando Vitória a Cachoeiro, e de um porto para escoar a produção do aço, além de outros produtos.

Apesar de comentar o assunto, Agnelli não quis dar mais detalhes, já que a empresa marcou, para hoje de manhã, um encontro de diretores da empresa com a comunidade de Anchieta. O objetivo é apresentar o estudo completo do projeto de instalação de uma usina em Ubu, região onde já está instalada a Samarco, empresa que produz pelotas de minério de ferro.

À tarde, o diretor de ferrosos da Vale, José Carlos Martins, concede entrevista coletiva, no Palácio da Fonte Grande, para falar sobre o estudo da Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU). Segundo Agnelli, a Vale está buscando as melhores tecnologias e processos para viabilizar a implantação da CSU no local.

"Não vamos desrespeitar nenhuma determinação ambiental, nenhuma legislação. No caso da água, vamos estudar como fazer o uso e o reuso do recurso natural no processo de produção do aço, para que a necessidade de água doce seja a menor possível", explicou Agnelli. A utilização de água do mar no processo de produção, segundo ele, é muito cara e não vem sendo estudada, por enquanto.

Respeito
A Vale, segundo ele, acredita na viabilidade da CSU na região. "Estamos pagando pelo risco do projeto, e vamos até o final para saber se poderemos instalar a usina no local. Mas vamos respeitar o que os órgãos ambientais determinarem", explicou Agnelli, que concedeu a entrevista ao lado do governador Paulo Hartung.

A CSU é o quarto projeto da Vale em siderurgia. Os outros projetos são a ThyssenKruppCSA, no Rio de Janeiro, com a alemã ThyssenKrupp, e que irá produzir cinco milhões de toneladas de placas de aço por ano e tem previsão de início das operações em 2010.

A Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá, com capacidade anual de produzir de 2,5 milhões de toneladas de aço, tem início das operações previsto para 2013. Já a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), no Ceará, em parceria com a coreana Dongkuk Steel Mill, terá capacidade de produção anual de 3 a 6 milhões de toneladas de placas de aço por ano.

    Fonte: http://gazetaonline.globo.com
 
Por:  CDL Marataízes e Itapemirim    |      Imprimir