Categoria Politica  Noticia Atualizada em 22-10-2009

PM faz novas operações em favelas do Rio nesta quinta
Policiais seguem monitorando o Morro São João, na Zona Norte.Polícia Civil troca tiros com criminosos em favelas da Zona Oeste.
PM faz novas operações em favelas do Rio nesta quinta
Foto: Cláudia Loureiro/G1

A Polícia Militar prepara, nesta quinta-feira(22), novas operações em favelas do Rio. "Estão sendo planejadas grandes ações, mas ainda não podemos adiantar nada", disse o capitão Ivan Blaz, relações públicas do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Houve troca de tiros entre policiais civis e supostos traficantes em duas favelas do subúrbio.

A Polícia Civil está com cerca de 80 policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) de uma operação nas favelas de Parada de Lucas e Vigário Geral, no subúrbio do Rio.

Houve troca de tiros quando os policiais chegaram às favelas, mas não há registro de feridos. Os policiais tiveram que remover manilhas e entulho deixados no meio da rua por traficantes para dificultar a movimentação da polícia.

Durante a madrugada, homens do Bope percorreram o Morro São João, na Zona Norte, mas nada foi apreendido e ninguém foi preso.

Segundo Blaz, os policiais deixaram a comunidade por volta das 6h sem registro de novos confrontos. A PM mantém carros da polícia em vários acessos do morro.

Um comerciante conta que é cada vez mais comum moradores descerem o morro à noite de mudança. "Ontem (21) mesmo tinha um morador descendo com geladeira, televisão e fogão. As pessoas querem sair daqui", disse o homem sem se identificar.

Desde o início dos confrontos, no sábado (17), foram contabilizadas 35 mortes. Um helicóptero da PM foi abatido e três policiais morreram.
Medo do fogo cruzado

Na quarta-feira (21), um morador contou que sua maior preocupação hoje é ficar no meio do fogo cruzado. Há quatro dias, ele não volta para sua casa no Morro São João. Ele diz que se comunica com a família apenas por telefone e dorme todas as noites no trabalho.

"Hoje eu subi (o morro) para pegar roupa e uma escova de dente, mas desci rapidinho porque se não, a gente fica no meio do caminho. A comida a gente se vira na rua, porque se ficar lá em cima eles matam mesmo. Estou me sentindo ilhado". "Eles", segundo o morador, são os traficantes do Morro dos Macacos, facção rival e principal responsável pelos conflitos que começaram no sábado (17).

Fonte:

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Por:  Catarina Rezende de Carvalho    |      Imprimir