Categoria Politica  Noticia Atualizada em 03-11-2009

Presidente reeleito do Afeganistão diz que oposição é bem-vinda no governo
Hamid Karzai foi declarado reeleito após cancelamento do 2º turno.Talibã se declarou vitorioso em um comunicado.
Presidente reeleito do Afeganistão diz que oposição é bem-vinda no governo
Foto : Shah Marai/AFP

O presidente reeleito do Afeganistão, Hamid Karzai, falou sobre seu novo governo nesta terça-feira (3), prometendo participação nacional e o combate à corrupção que se espalhou em sua administração anterior.

Karzai foi declarado presidente nesta segunda-feira (2), pela Comissão Eleitoral Independente, após o segundo turno ter sido cancelado pela retirada da candidatura de seu concorrente, o médico Abdullah Abdullah.

G1 conta: a história do Talibã

O presidente reeleito disse que quer pessoas de toda parte do país em seu novo governo, incluindo o Talibã, mas não mencionou o nome de seu rival político. "Aqueles que quiserem trabalhar comigo são mais do que bem-vindos, não importando se eles se opuseram ou me apoiaram nas eleições."

O Talibã proclamou vitória em um comunicado, afirmando que o cancelamento do segundo turno foi o êxito de seus esforços para minar o pleito com ameaças e ataques. "Nossos bravos mujahedeen conseguiram atrapalhar o processo inteiro. Até ataques aéreos e forças terrestres não foram capazes de parar a luta dos mujahedeen", dizia o texto.

O primeiro turno das eleições, em agosto, foi marcado por várias suspeitas de fraude. Após pressão da oposição e da comunidade internacional, milhares de votos suspeitos foram cancelados, alterando o resultado inicial, que dava a vitória a Karzai, e forçando a realização do segundo turno.

Obama

A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira (2) a legitimidade de Karzai como líder reeleito do país. Segundo a agência de notícias Reuters, Obama ligou para Karzai e o pressionou para realizar uma boa governança após a "confusa" eleição. Ele teria dito ao presidente reeleito que quer ver ações e que monitorará a situação para garantir que haja progressos no país.


Fonte:

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Por:  Catarina Rezende de Carvalho    |      Imprimir