Categoria Politica  Noticia Atualizada em 27-11-2009

EUA querem introduzir "golpe preventivo" na AL
Assessor de Lula denuncia que pol�tica americana para Honduras tem como objetivo "legitimar golpe"
EUA querem introduzir
Foto: http://blog.anatolli.com.br/up/a/an/blog.anatolli.com.



S�O PAULO - Em mais um sinal de desaprova��o do Planalto � pol�tica dos EUA para Honduras, o assessor da Presid�ncia para Assuntos Internacionais, Marco Aur�lio Garcia, disse ontem temer que a posi��o americana introduza na Am�rica Latina a tese do "golpe preventivo".

Garcia insistiu que essa conduta tem o objetivo de "branquear" (legitimar) o golpe e seus articuladores - os EUA e alguns pa�ses alinhados da regi�o - ser�o os respons�veis por um longo per�odo de instabilidade em Honduras. "Nossa preocupa��o � que introduzam a tese do golpe preventivo na Am�rica Latina", disse, referindo-se ao que ocorreu no pa�s centro-americano: um golpe desferido sob o pretexto de que o atual governante pretendia fazer algo contra as institui��es democr�ticas. "Para os EUA, � bom ter uma boa rela��o com a regi�o", disse, lac�nico.

Segundo o assessor, essa quest�o � mais relevante que a decis�o da Suprema Corte de Honduras de que a destitui��o do presidente Manuel Zelaya � definitiva. A palavra final da corte, para ele, � apenas um "jogo de cartas marcadas" com o Congresso. Garcia enfatizou sua frustra��o com a conduta "ideol�gica de certo setor da diplomacia americana" ao lidar com a crise hondurenha. "A pol�tica externa dos EUA pode ser acusada de qualquer coisa, "menos de ser amadora".


Crise


Garcia disse tamb�m que sua decep��o vem sendo compartilhada publicamente pelo chanceler Celso Amorim e pelo secret�rio-geral das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota. No entanto, insistiu que "n�o h� crise" entre Brasil e EUA. Anteontem, depois de suas declara��es � imprensa, Garcia recebeu um telefonema do general James Jones, conselheiro de Seguran�a Nacional da Casa Branca.

Ontem, depois de uma hora de conversa com a secret�ria de Estado, Hillary Clinton, Amorim afirmou que "n�o h� diverg�ncias maiores" nos princ�pios que balizam as posi��es dos dois pa�ses sobre o tema. Segundo ele, o Brasil n�o far� dessa quest�o um "ponto de confronta��o" com Washington. O governo brasileiro registra ainda com apreens�o o alinhamento de pa�ses latino-americanos - em princ�pio, Panam�, Col�mbia e Peru - � posi��o americana sobre Honduras. Um das consequ�ncias seria a divis�o entre os latino-americanos que, no m�s passado, haviam firmado uma posi��o comum sobre a necess�ria volta de Zelaya � presid�ncia para que o pleito de domingo fosse legitimado.

Outra consequ�ncia seria a fragiliza��o da credibilidade da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA). Para o chanceler Amorim, o fato de o Brasil e outros pa�ses n�o se alinharem aos EUA na OEA n�o seria um problema, uma vez que diverg�ncias s�o notadas nas vota��es das Na��es Unidas. "N�o precisamos ficar com essa obsess�o de que, se n�o vota com os EUA, algo de ruim vai acontecer, vai cair um raio na nossa cabe�a. N�o � assim", afirmou Amorim.

Em Bras�lia, o porta-voz da Presid�ncia da Rep�blica, Marcelo Baumbach, reafirmou que "a posi��o brasileira n�o mudou. O Brasil n�o reconhecer� o governo que, eventualmente, saia das elei��es, se � que elas ser�o realizadas".



EUA querem introduzir "golpe preventivo" na AL
Assessor de Lula denuncia que pol�tica americana para Honduras tem como objetivo "legitimar golpe"

Fonte: Estad�o
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir