Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 01-12-2009

CONSÓRCIO CAPARAÓ - XII ENCONTRO DOS EDUCADORES AMBIENTAIS
Cinco de Junho de 1995, no auditório da Rede Gazeta em Vitória/ES, no dia Mundial do Meio Ambiente, inicia-se o nascimento de uma das organizações mais bem conceituadas e respeitadas deste país: No inicio, o “Fórum Pró-Caparaó”.
CONSÓRCIO CAPARAÓ - XII ENCONTRO DOS EDUCADORES AMBIENTAIS
Foto: Hudson Giovanni

Cinco de Junho de 1995, no auditório da Rede Gazeta em Vitória/ES, no dia Mundial do Meio Ambiente, inicia-se o nascimento de uma das organizações mais bem conceituadas e respeitadas deste país: No inicio, o "Fórum Pró-Caparaó" coordenado pela equipe da SEAMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que instituiu uma Comissão que realizou um diagnostico da Região. Diante deste estudo analítico viu-se que a população Caparaóense não tinha conhecimento do potencial turístico, ambiental e por sua vez, econômico daquela Região do Sul do Estado. Não se tinha a visão do patrimônio sociocultural, ambiental e agrícola que era (e é) riquíssimo e muito pouco valorizado no Estado.

Assim, com a missão de impulsionar o Desenvolvimento Social, Cultural, Econômico e Ambiental da Região do Caparaó Capixaba, em 1997/98 foram capacitados mais de 800 cidadãos do Caparaó como Agentes Multiplicadores (Educadores Ambientais) com o Programa de Educação Ambiental em: Alegre, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iúna, Irupi, Muniz Freire e São José do Calçado. E assim nasceu em 1998 o I Encontro de Educadores Ambientais da Região do Caparaó, realizado na cidade de Iúna/ES.

Em 1998 foi inaugurada a Portaria Capixaba de Acesso ao Parque Nacional do Caparaó, localizada na comunidade de Pedra Menina em Dores do Rio Preto, aos 22 dias de setembro, uma vitória dos cidadãos do Caparaó onde a sociedade organizada, entidades publicas e os Educadores Ambientais tiveram sua vitória.

Dentro das propostas apresentadas e objetivos que foram traçados no primeiro e no segundo Encontro (que se realizou em Dores do Rio Preto), ficou clara a necessidade da criação de uma entidade de agregasse e organizasse os trabalhos e projetos dos Educadores em prol do desenvolvimento da Região, para assim esta entidade junto a sociedade, elaborasse um Plano de Desenvolvimento Sustentável para a Região do Caparaó. Através do Fórum Pró-Caparaó, nasce em 1999 o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó (o Consórcio Caparaó).

A cada ano que se passou, o Consórcio e seus Educadores e ONG’s fundadas com o apoio do Consórcio Caparaó, juntamente com uma Comissão Regional, trabalharam de forma incisiva e concisa, fazendo um balanço de toda sua trajetória, levantando materiais escritos, fotográficos, vídeos, depoimentos da população, e concluiu-se que os grandes heróis e parceiros nesta vitória foram os cidadãos da Região do Caparaó Capixaba, que muito tem que se orgulhar de seu povo e de sua cultura.

Antes, os cidadãos do Caparaó ao serem questionados de onde eram e ao responderem sempre ouviam a mesma pergunta: "Onde é isso?". E Hoje temos o orgulho de dizer que somos Caparaóenses, berço de muitos dos rios que abastecem o nosso Estado, além de Minas Gerais e Rio de Janeiro; temos fauna e flora riquíssima; agricultura em destaque no ES; floricultura e fruticultura em foco e crescimento econômico; exemplo de Agroturismo e Agronegócio; donos de mais de 67% do Parque Nacional do Caparaó e do Pico da Bandeira, o terceiro ponto culminante do país; cultura e história únicas ( como a Guerrilha do Caparaó); as laranjas de Jerônimo Monteiro; as cachoeiras de Dores do Rio Preto; as trilhas de Divino de São Lourenço, Ibatiba e Ibitirama; os poetas de São José do Calçado (estatisticamente a cidade com maior número de poetas em uma cidade do país); a agricultura orgânica de Irupi; o Teatro Fernando Torres de Guaçuí; o Festival Nacional de Música de Alegre; A cefeicultura destaque de Iúna; a culinária típica e deliciosa de Muniz Freire; dentre outros tantos orgulhos e riquezas do Caparaó.

Com o passar dos anos, o Encontro foi ganhando mais destaque com as apresentações de propostas e projetos que visam o Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó. Hoje é moda falar em Desenvolvimento Sustentável e Socioambiental e Cultural, na época os Educadores Ambientais eram chamados de "Ecochatos". Desde seus primórdios o Encontro já buscava sensibilizar a população Caparaóense de seu valor e do patrimônio que lhes foi confiado pela natureza.

O Objetivo do Encontro é estar além de "reciclando" o conhecimento dos Educadores com apresentação de projetos, exposição de trabalhos e oficinas técnicas objetivando a troca de experiência, enriquecimento e fortalecimento das Ações de Educação Ambiental buscando a mudança de comportamento, elevando a alto-estima dos Caparaóenses melhorando sua qualidade de vida, e assim visando do Desenvolvimento Sustentável.

Este ano, São José do Calçado é a sede do Encontro dos Educadores Ambientais do Caparaó em 2009, acessem o site www.consorciocaparaowebnode.com.br e vejam a programação do evento que acontece nos dias 03, 04 e 05 de dezembro. Dedicamos também esta coluna ao Ambientalista e grande incentivador do Encontro deste ano, o tão querido amigo Lucas Castilho de São José do Calçado, que no Encontro do ano passado em Ibitirama, foi o grande entusiasta para a realização do Encontro em Calçado.

Mas dedicamos e agradecemos nesta coluna, principalmente a Grande Ecossaura (termo usado para classificar os primeiros Educadores), a tão conhecida e reconhecida Secretária Executiva da Bacia do Rio Itapemirim, Secretária Executiva do Consórcio Caparaó, Confreira da Confraria das Artes, Cultura e Letras de Marataízes, Ambientalista e Socióloga, mas acima de tudo, a Madrinha da Região do Caparaó, nossa tão querida Dalva Ringuier, o nosso Pilar Mor dos Educadores Ambientais. Um Exemplo de mulher, de guerreira, de esposa, de mãe, de profissional. Como dizemos no Caparaó, a nossa Icamiaba (lenda indígena do Caparaó).

[Nota] do Colunista:

Este Colunista tem muito orgulho de dizer que pertence a gama de Educadores Ambientais da Região do Caparaó e mais orgulho ainda, e é emocionado que digo: "sou filho das trincheiras de galhos e troncos, sou do Caparaó".


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Hudson Giovanni    |      Imprimir