Categoria Economia  Noticia Atualizada em 10-12-2009

PIB tem segunda alta seguida, de 1,3% no terceiro trimestre
Apesar da alta, economia ainda n�o recuperou perdas da recess�o.Frente ao terceiro trimestre de 2008, PIB teve queda de 1,2%.
PIB tem segunda alta seguida, de 1,3% no terceiro trimestre
Foto: g1.com

A economia brasileira voltou a crescer no terceiro trimestre deste ano, intensificando a retomada do crescimento ap�s seis meses de recess�o influenciada pela crise mundial. De julho a setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) teve alta de 1,3% na compara��o com o trimestre anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O crescimento ficou abaixo do esperado pelo mercado, entre 1,5% e 2,6%.

Em valores correntes, o PIB alcan�ou R$ 797 bilh�es no terceiro trimestre. Em valores adicionados, a agropecu�ria foi respons�vel por R$ 40,1 bilh�es e a ind�stria, por R$ 181,9 bilh�es. A participa��o de servi�os foi de R$ 465,2 bilh�es.

A economia do pa�s, no entanto, ainda n�o recuperou as perdas sofridas com a recess�o registrada entre outubro do ano passado e mar�o deste ano: na compara��o com o mesmo trimestre de 2008, no entanto, o PIB segue em baixa, de 1,2%. No acumulado de janeiro a setembro, a queda ficou em 1,7% frente ao mesmo per�odo de 2008.

O IBGE tamb�m revisou para baixo o crescimento do PIB no segundo trimestre deste ano. A alta divulgada anteriormente, de 1,9% na compara��o com os primeiros tr�s meses do ano, foi revista para 1,1%.

"Particularmente, esse terceiro trimestre reflete um momento de crise que fez com que essa s�rie tenha uma instabilidade maior de n�meros", explicou Roberto Olinto, coordenador de contas nacionais do IBGE.

A revis�o, segundo o IBGE, leva em conta a incorpora��o dos resultados anuais de 2007, a re-estima��o dos quatro trimestres de 2008, a partir do novo 2007, incorporando revis�es nos dados prim�rios e a PNAD, e a re-estima��o dos dois primeiros trimestres de 2009, com novas pondera��es de 2008 e revis�es nos dados prim�rios.

Foram revisadas tamb�m as varia��es de trimestres anteriores: no primeiro trimestre do ano, a queda foi revista para 0,9% (o dado inicial era de -1,0%); no quarto trimestre de 2008, a baixa ficou em -2,9% (ante dado original de -3,4%); e no terceiro trimestre de 2008 a alta foi revisada para 1,1% (a divulga��o original apontava crescimento de 1,3%).


Ind�stria foi destaque

Na compara��o com o trimestre anterior, a ind�stria foi destaque de crescimento, com alta de 2,9%, seguida por servi�os, com alta de 1,6%. J� a agropecu�ria teve queda acentuada, de 2,5%.

Frente ao terceiro trimestre de 2008, a retra��o do setor agr�cola foi ainda maior, de 9,0%. A ind�stria tamb�m teve forte contra��o, de 6,9%. O setor de servi�os foi o �nico a registrar alta nessa base de compara��o, de 2,1%.

A queda na agropecu�ria, segundo o IBGE, "pode ser explicada pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no trimestre. Com exce��o da cana-de-a��car, com estimativa de crescimento anual de 6,9%, as estimativas para 2009 do trigo em gr�o (-15,1%), do caf� em gr�o (-13,8%), da mandioca (-0,3%) e da laranja (-0,1%) apresentaram quedas em rela��o ao ano anterior".

J� na ind�stria, a constru��o civil, com recuo de 8,4% frente ao terceiro trimestre de 2008, foi o destaque negativo, seguida pela ind�stria de transforma��o, que se contraiu em 7,9%.
Consumo das fam�lias

Na compara��o com o segundo trimestre, o consumo das fam�lias cresceu 2,0% e foi um dos pontos mais favor�veis em rela��o � demanda interna. O consumo da administra��o p�blica teve alta menor, de 0,5%. O maior destaque foi para a forma��o bruta de capital fixo (investimento), que cresceu 6,5% no per�odo.

Frente ao mesmo trimestre de 2008, o consumo das fam�lias mostrou o 24� crescimento consecutivo nessa compara��o, de 3,9%. "Um dos fatores que contribu�ram para este resultado foi a eleva��o de 2,5% da massa salarial real, com aumento de ocupa��o e do rendimento m�dio real do trabalho", diz o IBGE em nota.

Nessa base, o consumo da administra��o p�blica teve alta mais modesta, de 1,6%, enquanto a forma��o bruta de capital fixo mostrou queda de 12,5%, influenciada principalmente pela redu��o da produ��o interna e da importa��o de m�quinas e equipamentos.

Essa queda na forma��o bruta de capital fixo influenciou na redu��o da taxa de investimento no terceiro trimestre, para 17,7%. De julho a setembro de 2008, essa porcentagem ficara em 20,1%.

Exporta��es e importa��es t�m segundo trimestre de alta
Pelo lado do setor externo, as Exporta��es de Bens e Servi�os apresentaram tiveram alta de 0,5% e as Importa��es de Bens e Servi�os cresceram 1,8%, no segundo crescimento seguido na compara��o com o trimestre anterior.

Frente ao 2008, no entanto, houve queda acentuada, de 10,1% nas exporta��es e de 15,8% nas importa��es.


Fonte:

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Por:  Catarina Rezende de Carvalho    |      Imprimir