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Irã testa novo míssil de longo alcance, diz TV estatal
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Míssil é capaz de atingir alvo a 2.000 km.
Teste coloca Israel e bases militares dos EUA ao alcance do Irã.
Foto: AFP O Irã realizou com sucesso um teste balístico de uma versão melhorada de seu míssil de médio alcance Sejil - o Sejil 2 -, capaz de atingir um alvo a 2.000 km de distância, anunciou nesta quarta-feira (16) a TV estatal, sem dar muitos detalhes do ensaio militar.
O anúncio deve aumentar a tensão com os países do Ocidente, pois o exercício mostra que o país pode atingir Israel e bases militares dos Estados Unidos no Golfo Pérsico.
O primeiro-ministro inglês, Gordon Brown, disse que o teste enfatiza a necessidade de mais sanções contra o país.
O Sejil é um míssil de duas etapas que utiliza combustível sólido. O Irã tem no seu arsenal ainda outro míssil de médio alcance: o Shahab-3, versão derivada do norte-coreano Nodong-1, mas com um alcance um pouco menor, de 1.800 km.
Em setembro, o general Hossein Salami, comandante dos Guardiões da Revolução havia afirmado que o Irã iria produzir uma versão melhorada do Sejil. "O Sejil tem alcance adequado, potência de destruição e precisão suficientes. É considerado um dos sistemas balísticos mais desenvolvidos. É a melhor arma de que dispõe as Forças Armadas iranianas", disse na ocasião.
Os países ocidentais estão inquietos com o programa balístico do Irã, e, em especial, com o programa nuclear iraniano.
Gasolina
Uma autoridade iraniana do setor de petróleo disse na quarta-feira que a decisão de parlamentares dos Estados Unidos de impor sanções ao Irã na área de combustíveis não causará problemas, porque a República Islâmica tem vários fornecedores.
Na terça-feira, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou uma lei que impõe sanções sobre companhias estrangeiras que ajudem a fornecer combustível ao Irã, medida que os legisladores esperam que detenha o país de seguir com seu programa nuclear.
"Eles não podem ser bem-sucedidos", disse Hojjatollah Ghanimifard, vice-presidente para assuntos de investimentos na estatal Empresa Nacional Iraniana de Petróleo. "Temos uma longa lista de fornecedores de gasolina", disse ele à Reuters.
O Irã é o quinto maior exportador mundial de petróleo, mas não tem capacidade de refino suficiente para atender à demanda doméstica por combustível, o que força o país a importar até 40 por cento de seu consumo de gasolina.
Isso pesa sobre o orçamento do país e também o torna vulnerável a medidas punitivas que visam o comércio, embora autoridades iranianas constantemente minimizem o impacto das sanções impostas por conta de seu polêmico programa nuclear.
A lei aprovada pela câmara autoriza o presidente norte-americano, Barack Obama, a impor sanções a empresas que forneçam gasolina diretamente ao Irã, o mesmo para empresas que forneçam seguro e navios para facilitar o embarque desse combustível. O Senado deve aprovar uma lei similar, mas não se sabe quando será votada.
* Com informações da France Presse e da Reuters
Fonte:
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Por:
Catarina Rezende de Carvalho |
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