Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-12-2009

Operação na Galeria Pagé frustra comerciantes de outras cida
Fiscalização antipirataria fechou shopping popular de SP nesta quarta. Às vésperas do Natal, compradores ficaram sem mercadorias
Operação na Galeria Pagé frustra comerciantes de outras cida
Foto: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1417092-56



A operação contra pirataria realizada desde as 6h desta quarta-feira (16) na Galeria Pagé, na região da Rua 25 de Março, Centro de São Paulo, frustrou comerciantes que vieram de outras cidades comprar mercadorias para revender antes do Natal. A galeria foi fechada, e apenas os donos de lojas acompanhados pela fiscalização podiam entrar, um de cada vez, para que seus boxes fossem abertos.
Algumas pessoas que chegaram ao centro de compras durante a madrugada e no fim da manhã ainda aguardavam em frente à galeria informações sobre uma possível reabertura. "Moro no Rio de Janeiro, cheguei hoje às 4h para vir comprar aqui. Estou esperando para ver se abre. Se não abrir, a viagem vai ser perdida, minha passagem de volta é às 15h", contou o comerciante Márcio Veríssimo, que costuma ir ao local fazer de roupas e tênis para revender em sua loja no Rio duas vezes por mês.

"Sempre compro aqui, porque o preço é melhor. Se não der certo hoje, vou acompanhar para ver quando reabre e tento voltar no domingo, antes do Natal", afirmou.
Até as 11h, cerca de 30 lojas haviam sido abertas e fiscalizadas, segundo Newton Vieira, advogado do Grupo de Proteção à Marca, que entrou com a ação na Justiça. No total, seis marcas estão envolvidas na operação – Nike, Puma, Cassio, Nokia, Oakley e Chanel. A previsão é de que 200 lojas sejam fiscalizadas. Os trabalhos devem seguir durante todo o dia.

Diversos donos de lojas no prédio estavam concentrados do lado de volta. Homens da Polícia Militar acompanhavam a operação. Até o fim da manhã, não foram registrados problemas no local, de acordo com a polícia. A rua foi interditada para a passagem de veículos.

O representante comercial Rubens Jéferson Rebelo, de 43 anos, chegou de Taubaté, no Vale do Paraíba, por volta das 6h. Desde então, acompanhava a operação. "Sou contra a pirataria, só compro produtos com nota fiscal, para não ter problema", disse ele, que revende relógios e controles remotos e reclamou da grande quantidade de policiais no local. "Eles poderiam estar atuando em outras ações, coibindo roubos. Tem muito policial aqui".

Rebelo disse que iria ficar até o fim do dia na região, também para saber quando o prédio será reaberto e quando ele poderá fazer suas compras. Normalmente, ele vem três vezes por semana para São Paulo.
Vindo de uma distância um pouco maior, o comerciante Adílson Carlos Gonçalves, de 68 anos, morador de Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, reclamava do prejuízo com a viagem caso não consiga comprar nada. "É prejuízo total. Eles fecham e não anunciam nada, não fiquei sabendo antes de vir", contou ele, que revende ferramentas nas lojas de sua cidade.

Apesar de muitos donos de lojas na galeria estarem em frente ao local acompanhando a operação, nenhum deles quis comentar o assunto. Procurado, o advogado Emerson Scapaticio, que representa cerca de 50 lojistas, disse que irá se pronunciar sobre o ocorrido no fim do dia.

Fiscalização antipirataria fechou shopping popular de SP nesta quarta.
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Fonte:

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Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir