Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 27-12-2009

Missão diplomática vai a região de conflito com brasileiros.
Grupo viaja com oito representantes do governo brasileiro e surinamês. Onda de violência deixou feridos e destruiu vila que abrigava brasileiros.
Missão diplomática vai a região de conflito com brasileiros.
Foto: http://diarioindiario.com/diario/media/blogs/di/surina

Uma missão de oito pessoas, entre representantes do governo brasileiro e surinamês e da polícia local, viaja neste domingo (27) para Albina, nordeste do Suriname, para avaliar a extensão do conflito violento que ocorreu na véspera de Natal, dia 24. Segundo o embaixador brasileiro no país, José Luiz Machado e Costa, ainda não há informações oficiais de mortos brasileiros, embora o padre José Vergílio tenha relatado a morte de pelo menos sete pessoas.
"Iremos até lá avaliar a situação, ver se ainda há brasileiros na região e investigar mais dados, pois até agora temos apenas relatos, nenhuma informação oficial de mortos", disse José Luiz em entrevista ao G1, por telefone.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Brasília às 7h em direção à região, com dois funcionários do Itamaraty, confirmou a Aeronáutica brasileira.
A informação oficial da embaixada é de um morto (surinamês) e 25 feridos, sete em estado grave. José Luiz disse que na tarde de sábado esteve no hospital para visitar os brasileiros e a maioria está fora de perigo.


Tudo começou em uma festa na noite do dia 24. Um brasileiro teria discutido e esfaqueado um "marrom", como são conhecidos os surinameses quilombolas, descendentes de escravos. O brasileiro está foragido. Após a briga, um grupo de surinameses atacou o local em retaliação.
Brasileiros foram agredidos com paus e facões, segundo os relatos. Vinte mulheres brasileiras ainda teriam sido vítimas de violência sexual. Além de brasileiros, chineses, colombianos e peruanos que moram na vila que abrigava os estrangeiros também foram atacados.
De acordo com a embaixada, os brasileiros que vivem em Albina trabalham no garimpo de ouro, atividade proibida no Suriname, e vivem, em sua maioria, ilegalmente no país. Albina tem cerca de 10 mil habitantes e fica na fronteira do Suriname com a Guiana Francesa






Fonte:

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Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir