Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-03-2010

"O último dos Mocianos"
Foi assim que Xerene Rodrigues, 70 anos, profissão seleiro, em Itapemirim e natural de Praça João Pessoa

Xerene Rodrigues
Foto: José Rubens Brumana

Foi assim que Xerene Rodrigues, 70 anos, profissão seleiro, em Itapemirim e natural de Praça João Pessoa, Rio de Janeiro, pediu para colocar no título da matéria. Chegou no município em 1966 e fala do orgulho de quando os cavaleiros vinham a sede com seus cavalos enfeitados com a sua sela Campista, a preferida de todos. "Só faço conserto. Já cheguei a vender 20 selas por mês. Hoje só por encomenda e quando tem", informa que cada sela custa R$ 400 reais e leva quatro dias para aprontar e que cada conserto custa em média 100 reais.

Se diz orgulhoso da profissão mas triste por não deixar um aprendiz. Seu filho é bancário e a "meninada não quer aprender", diz ressentido o seleiro.

Trabalhando até aos sábados, Xerene faz parte de uma profissão que pode desaparecer na nossa região. Pensativo diz que "as vezes penso em parar", mas com um sorriso característico garante que não consegue deixar a profissão que abraçou por amor e que foi passado de pai para filho.

    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir