Categoria Economia  Noticia Atualizada em 18-03-2010

Governo aposta no crescimento da arrecadação federal neste ano, diz ministro
Diferença, segundo Paulo Bernardo virá do Imposto de Renda, da Cofins e da CSLL
Governo aposta no crescimento da arrecadação federal neste ano, diz ministro
Foto: http://www.correiobraziliense.com.br

Brasília - Apesar de a reprogramação do Orçamento ter reduzido a estimativa de receita líquida em R$ 17,7 bilhões, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que aposta no crescimento da arrecadação federal neste ano. Segundo ele, a entrada de recursos no caixa do governo será 12% maior em 2010, em valores nominais.

"A Receita Federal prevê crescimento de 12% na arrecadação em 2010, mas reduzimos a estimativa, porque somos conservadores e queremos assegurar o cumprimento da meta de superávit primário [economia de recursos para pagar os juros da dívida pública]", disse o ministro.

De acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Orçamento Federal, George Soares, as projeções de receita feitas no ano passado estavam excessivamente otimistas. "O projeto de lei do Orçamento estimava uma recuperação razoável da economia, mas o comportamento da arrecadação neste ano, até agora, está em linha com as projeções mais conservadoras", explicou.

A diferença, segundo ele, virá do Imposto de Renda, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

De acordo com Paulo Bernardo, a distribuição do corte de R$ 21,8 bilhões no Orçamento pelos ministérios ainda está sendo discutida dentro do governo. Ele, no entanto, assegurou que os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as despesas com saúde e educação não serão afetadas.

A reestimativa de receitas e despesas, divulgada nesta quinta-feira (18/3), prevê o aumento de R$ 1,4 bilhão nos gastos em relação ao aprovado no Orçamento. Apesar da elevação, o governo quer reduziu as despesas com pessoal e encargos sociais também em R$ 1,4 bilhão. A alta final nos gastos vem principalmente da elevação em R$ 2,1 bilhões nas despesas dos Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Nordeste (FDNE).

Mesmo com a redução nos gastos com pessoal, o ministro do Planejamento afirmou que os acordos salariais fechados nos últimos anos com os servidores públicos serão cumpridos. A diminuição das despesas deverá vir da revisão de contratação de funcionários em relação ao originalmente estimado.

Governo aposta no crescimento da arrecadação federal neste ano, diz ministro

Diferença, segundo Paulo Bernardo virá do Imposto de Renda, da Cofins e da CSLL



 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir