Categoria Cinema  Noticia Atualizada em 26-05-2010

Sex and The City 2: com açúcar e com afeto para as fãs
Pense em uma travessa de brigadeiro, salpicado de quilos de chocolate granulado, em uma taça gigantesca de morangos com chantilly e suspiros esculturais ou em um balde de sorvete de doce de leite da Häagen-Dazs (um dos sorvetes mais doces e calóricos do m
Sex and The City 2: com açúcar e com afeto para as fãs
Foto: http://cinema.terra.com.br/interna/0,,OI4449621-EI1176


Sim, o segundo filme com a "grife nova-iorquina" inventada pela escritora Candace Bushnell e personificada na telinha e na telona por Kim Cattrall (Samantha Jones), Kristin Davis (Charlotte York/Goldenblatt), Cynthia Nixon (Miranda Hobbes) e Sarah Jessica Parker (Carrie Bradshaw/Preston) - principalmente por ela, que além de uma das estrelas é produtora do seriado e do filme - é uma delícia (por mais que os maridos e namorados tenham torcido contra, ainda mais aqueles que serão obrigados a trocar uma sessão de Homem de Ferro 2 ou Fúria de Titãs por uma de Sex And The City 2, para o bem de seus relacionamentos).

Quando foi anunciada a sequência de Sex And The City, o maior medo de quem é fã da série era se defrontar com um filme que não fosse totalmente comprometido com o espírito do programa original, percepção sentida por algumas aficionadas em relação ao primeiro filme - mas vale lembrar que Sex And The City, lançado há 2 anos, rendeu mais de US$ 415 milhões nas bilheterias do mundo todo e foi esse sucesso que, com certeza, empurrou as atrizes e os produtores para uma segunda aventura do quarteto fabuloso. Porém, se o primeiro longa deixou um pouco a desejar, quem for ao cinema conferir o segundo não irá se decepcionar.

Mais é mais mesmo!
Mesmo com as manjadas feminices, por vezes açucaradas demais, que permearam as muitas histórias da série e o primeiro filme, as garotas do batalhão do glitter e do peep toe não se levam tão a sério desta vez, o que torna o filme mais divertido - tá, tirando a eterna chata da Carrie, que fica "cricrilando" principalmente pra cima do pobre do Big (Chris Noth), seu marido. Aliás a personagem faz, como no primeiro filme, um mea culpa pela sua malice (será que ela não aprende?)

Sex And The City 2 é exageradíssimo em tudo - pode ter coisa mais feminina que isso? A começar pelo figurino "sparkle" (para pegar carona numa das palavras chaves desse segundo episódio em tela grande), que, por causa da principal locação deste filme, a auspiciosa Abu Dhabi, ganha licença poética para usar e abusar do brilho dos metais e das pedras - acessórios tão apreciados por algumas culturas árabes.

A maga estilística Patrícia Field, que assina o figurino, faz a festa com as cores primárias em seu estado prá lá de bruto e quase sempre acompanhadas dos cintilantes ouro e prata, transformando as quatro protagonistas em Sherazades do mundo fashion.

As atitudes e os diálogos também estão superlativos - é importante esclarecer aos desavisados que este é um filme de mulheres elevadas à quarta potência !

Samantha está mais desbocada e depravada do que nunca, Miranda está levíssima e até Charlotte pragueja contra a sua tão sonhada maternidade - claro, do seu jeito York de ser.

Cenas impagáveis e que valem cada centavo do ingresso: o casamento gay das BAs (bibas-amigas) Stanford (Willie Garson) e Anthony (Mario Cantone), o desabafo das mães Charlotte e Miranda regado, claro, a muito Cosmopolitan - o drinque oficial da trupe - e o piti de Samantha no mercado popular de Abu Dhabi, quando sua bolsa Birkin é estraçalhada.

O pano de fundo de Sex And The City 2
Pra quem quer saber da história, que serve de bandeja para todos os elementos fashion e os diálogos espirituosos reinarem, aí vai:

- dois anos após o casamento de Carrie e John/Big, as quatro superamigas, em sintonia com o momento atual mundial, estão em crise. A romântica Charlotte, quem diria, vê seu casamento perfeito abalado por uma babá de traços nórdicos supertalentosa (em todos os sentidos); Miranda está em crise no trabalho ¿ sua mola propulsora; a insaciável Samantha, aos 52, se vê às voltas com os calores e o high-low de humores da menopausa; e Carrie continua, sem motivo real e aparente, pegando no pé do coitado (e cada vez mais gato ) John "Big" - um verdadeiro Cary Grant do terceiro milênio, que, no meio do filme, propõe o melhor dos casamentos (com dias de folga!). Meu Deus, o que mais ela quer além de um marido rico, lindo, compreensível, que a ama verdadeiramente e vive com ela num megapê no endereço mais charmoso e chique da face da Terra?

Consideração final
Ok. Os elementos recorrentes da série e do primeiro filme voltam, mas com tanta graça, acidez, brilho (supertendência) e talento que tudo passa e vale. É difícil pensar que Sex and The City possa virar uma franquia como O Exterminador do Futuro (1984, 1991, 2003 e 2009) ou Jogos Mortais (que teve sete filmes), mas, se as sequências forem tão bem feitas quanto este Sex And The City 2, até que não seria uma má ideia.



Pense em uma travessa de brigadeiro, salpicado de quilos de chocolate granulado, em uma taça gigantesca de morangos com chantilly e suspiros esculturais ou em um balde de sorvete de doce de leite da Häagen-Dazs (um dos sorvetes mais doces e calóricos do mercado). Se o filme Sex And The City 2 fosse um doce poderia ser qualquer uma dessas três opções. Adocicado, exagerado, mas de lavar a alma (feminina) e lamber os lábios de bom!


Sex and The City 2: com açúcar e com afeto para as fãs


Fonte: terra
 
Por:  Joilton Cândido Vasconcelos    |      Imprimir