O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta terça-feira o ataque israelense
Foto: EPA Rio de Janeiro, 1º jun (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta terça-feira o ataque israelense à frota que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza, e disse que Israel não tinha o direito de fazer o que fez, muito menos em águas internacionais.
"As informações que temos são de que o ataque, o bombardeio, foi feito em águas internacionais e, portanto, Israel não tinha o direito de fazer o que fez", ressaltou Lula em breves declarações à imprensa.
"Eu condeno" o ataque, mas "vamos esperar as investigações" sobre o ocorrido, acrescentou o líder.
Lula insistiu na posição brasileira de defender uma paz negociada no Oriente Médio.
"Estou convencido de que não é o uso de armas que vai garantir a paz. O que vai garantir a paz é muita conversa, diálogo e investimento para acabar com a fome dos países mais pobres do mundo", disse.
"Os dirigentes precisam aprender a dialogar mais", acrescentou.
O Ministério das Relações Exteriores já havia condenado ontem o ataque do Exército israelense e convocou o embaixador de Israel em Brasília para manifestar sua "indignação" com o fato.
O Brasil também exigiu uma dura condenação do Conselho de Segurança da ONU pelo ataque em águas internacionais "a um comboio pacífico de caráter estritamente humanitário", e pediu, além de uma investigação independente, que seja suspenso imediatamente o bloqueio imposto aos palestinos na Faixa de Gaza.
"Não poderíamos ter ficado mais chocados" com o ataque sofrido por "pessoas pacíficas" que "não representam nenhuma ameaça" e tentavam realizar "uma missão humanitária", disse na segunda o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
O Brasil ainda espera que Israel cumpra a promessa de deportar a cineasta e ativista Iara Lee, a única brasileira que estava na frota atacada.
Lula diz que "Israel não tinha o direito de fazer o que fez"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta terça-feira o ataque israelense
Fonte: EFE
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