Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-06-2010

ONU condena violência no Quirguistão e pede calma
Gráfico com mapa do Quirguistão
ONU condena violência no Quirguistão e pede calma
Foto: AFP

NOVA YORK — O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou nesta segunda-feira a violência étnica no Quirguistão e pediu a volta do Estado de direito àquele país, assim como uma solução pacífica para o conflito.

Após ser informado dos últimos acontecimentos no Quirguistão, os 15 membros do Conselho de Segurança condenaram "os repetidos atos de violência" neste país do centro da Ásia e fizeram um apelo à "calma, a um retorno ao estado de direito e a uma solução pacífica dos diferendos", revelou o embaixador do México, Claudio Heller.

Os membros do Conselho assinalaram ainda a necessidade de se "apoiar, de maneira urgente, a distribuição da ajuda humanitária".

A violência étnica se intensificou hoje no sul do Quirguistão, no quarto dia de confrontos armados entres quirguizes e uzbeques, que já causaram 124 mortos e mais de 60 mil refugiados.

Em Osh, segunda cidade do país, onde explodiu na noite de quinta-feira passada os enfrentamentos entre quirguizes e membros da minoria uzbeque, os disparos ainda são constantes.

O número de vítimas pode ser muito superior aos 124 mortos e mais de 1.500 feridos anunciados nesta segunda-feira pelo ministério da Saúde.

Apesar de ter mobilizado o exército, instaurado o estado de emergência e um toque de recolher, além de dar ordem a suas forças para disparar, o governo interino do Quirguistão admitiu que está difícil retomar o controle no sul desta ex-república soviética da Ásia Central.

Estes confrontos são os piores episódios de violência registrados desde a revolta de abril (87 mortos), que derrubou o presidente Kurmanbek Bakiyev e levou ao poder o governo interino atual, que tem previsto celebrar um referendo sobre uma nova Constituição em 27 de junho.

ONU condena violência no Quirguistão e pede calma


Gráfico com mapa do Quirguistão


Fonte: AFP
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir