Categoria Cultura  Noticia Atualizada em 05-08-2010

Palácio das Águias em fase final
A obra de recuperação do patrimônio histórico que conta a saga da navegação...
Palácio das Águias em fase final
Foto: José Rubens Brumana

A obra de recuperação do patrimônio histórico que conta a saga da navegação fluvial-marítima no sul do Estado está quase terminada. O Palácio das Águias serviu de residência do português Simão Soares que estruturou em meados do século XVIII a exploração marítima no rio Itapemirim. A suntuosa residência destoava das demais em sua época belas beleza da construção devida o traçado arquitetônico lembrando os palácios europeus. Sua mobília era toda vinda das melhores casas portuguesa e em seu exterior duas águias e dois leões adornavam sua vista. Daí o nome de Palácio das Águias. Ao lado da residência do comerciante português foi erguido não menos esplendoroso o Trapiche dos Soares, que não era um simples armazém e sim uma obra prima da engenharia para os padrões da época, com sua escada em caracol e seu mirante com o escritório que possuía uma visão panorâmica de todo o rio e costa marítima..Veio a decadência da navegação marítima no rio Itapemirim, onde por séculos foram escoadas o açúcar , o "Ouro Verde" da região complementada pelo café. Por volta da metade do século XX, a ferrovia que ainda fazia o transporte agrícola levando os produtos manufaturados do Porto da Barra para todo o sul do Estado foi desativado em detrimento as estradas que surgiam como uma nova e mortal via de escoação. O Trapiche e o Palácio das Águias foram sendo deixado de lado e devorado pela ação predatória do homem e do tempo. O Trapiche foi desmoronando e teve sua madeira queimada em meado do ano 80 do século passado. O Palácio não resistiu as intempéries e parte de sua estrutura desmoronou em meados de 2000. Na administração Ananias Vieira, no final de seu primeiro mandato, a psicóloga Ivilisi Soares Azevedo, uma das herdeiras do local, articulou junto aos depois herdeiros uma doação do imóvel para a municipalidade. Desde essa época várias tentativas de recuperação foi realizadas e nesse ano finalmente o patrimônio cultural que retrata a historiografia capixaba terá um desfecho favorável aos céticos que não acreditavam em sua recuperação.

O casal Ruydney e Ines Badin Brumana, se emocionou ao visitar o interior do imóvel e presenciar todo o seu detalhe técnico de excelente qualidade, visto que Ruydney é engenheiro civil. "Estou impressionado com a obra de fora não dimensionamos a sua grandeza", observou. Para Ines a recuperação servirá de incentivo e incrementação turística não só para o Palácio das Águias como também em todo o entorno do porto e rio.

O prefeito Jander Nunes Vidal, enfatiza que diversas ações estarão integradas para a revitalização do Porto da Barra, tendo como instrumento propulsor o secular imóvel. "Sonho em entrar acompanhado por aqueles, como Ivilisi Soares e família, sonharam em recuperar essa parte de nossa história que estava sendo levada pelo descaso e que seria uma lacuna irrecuperável da nossa memória" ressaltou o prefeito.


Foto: José Rubens Brumana



Foto: José Rubens Brumana



Foto: José Rubens Brumana


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir