Categoria Economia  Noticia Atualizada em 22-09-2010

O aumento da competitividade no Setor de Cartões

O aumento da competitividade no Setor de Cartões
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O aumento da Competitividade no Setor de Cartões Desde o dia 1º de julho o Setor de Cartões vem passando por mudanças impulsionadas pelo fim do contrato de exclusividade entre Cielo e Visa. Segundo estudo de uma consultoria especializada em estratégia de negócios, tudo isso deve incentivar a concorrência, em especial, no segmento de credenciamento – composto por empresas responsáveis pela filiação, gerenciamento das bandeiras com os estabelecimentos comerciais-, contribuindo para uma possível redução da taxas de desconto, que hoje representam, em média, 4% do valor de cada operação. Na cadeia de Cartões, o elo das credenciadoras apresenta excelentes margens de lucro líquido. Exemplo disso são Cielo e Redecard, que juntas respondem por aproximadamente 90% do total de transações realizadas no país e apresentam margens de 44,5% e 45,4%, respectivamente. Traçando um paralelo, a Global Payments e Heartiand Payments, duas da dez maiores credenciadoras norte – americanas, conseguiram em 2009 atingir margens de 2,3%, respectivamente. ESTUDO REALIZADO PELA CONSULTORIA APONTA PARA O AUMENTO DA CONCORRÊNCIA NO MERCADO DE CREDENCIAMENTO COM O FIM DA EXCLUSIVIDADE ENTRE CIELO E VISA, O QUE PODE CONTRIBUIR PARA UMA REDUÇíO NA TAXAS DE DESCONTO COBRADAS DOS COMERCIANTES. Outro aspecto analisado por este estudo, realizado pela Dextron Management Consulting, é que disseminação dos cartões como meio de pagamento no Brasil ainda é pequena quando comparada a mercados maduros. Aqui, a quantidade de cartões por habitante era, em 2008, de 2,7, e crescia a uma taxa média de 19% ao ano, enquanto que nos EUA esse número encontra-se estabilizado em 5,1 cartões por habitante. O ritmo acelerado de crescimento e o potencial de mercado a ser explorado, aliados à queda de uma importante barreira como a exclusividade entre Cielo e Visa, não só estimulam a competição entre os players já presentes no mercado, como também devem facilitar a entrada de mais concorrentes. Desafio – Um dos desafios para novas empresas atuarem com o credenciamento está em arcar com os altos custos para a implantação de uma estrutura de compensação e liquidação das transações. Nesse sentido, a alternativa utilizada nos Estados Unidos foi criar uma associação responsável por definir regras e padrões para as operações realizadas pelas chamadas "casas automatizadas de compensação e liquidação". Com isso, hoje o mercado norte – americano conta com mais de 100 credenciadoras, aponta a relatório Dextron Mercado Brasil – Em 2009, o setor de cartões de crédito no Brasil movimentou cerca de R$: 444 bilhões, o equivalente a mias de 6 bilhões de transações. Isso representa um crescimento de mais 300% no valor das transações entre 2002 e 2009. Em 2005, as operações com cartões respondiam por 25% dos meios de pagamentos; três anos depois esse número subiu para 33%. São, em média, 28 transações por habitante/ano no Brasil. Nos Estados Unidos, esse número já chega a 191. Ambiente competitivo - Já se observa um ambiente mais competitivo com iniciativas com a Joint Venture firmada entre o Banco Santander e a empresa de tecnologia GetNet, que tem como meta alcançar 10% do volume de transações até 2012. Dados do estudo levam a crer que a busca por alianças com instituições financeiras seja um dos caminhos para ganhar espaço no segmento de credenciamento. Nesse modelo, os bancos contribuem com o aporte de sua base de clientes e também com o acesso às bandeiras; enquanto que as processadoras fornecem expertise tecnológico e escola ao negócio. O aumento da concorrência no mercado brasileiro, se concretizado, deve fazer com que os comerciantes se beneficiem de menores taxas de desconto, pois passarão a ter mais opções de credenciadores. Mas, para que ocorra essa redução, o mais provável é que as credenciadoras tenham diminuir suas margens de lucro liquidas, já que a taxa de intercâmbio, um importante componente de desconto, é definida pela bandeira com base em parâmetros internacionais, ou seja, as credenciadoras não possuem controle sobre essa parcela de taxa de desconto.

    Fonte: Dextron Management Consulting
 
Por:  CDL Marataízes e Itapemirim    |      Imprimir