Categoria Economia  Noticia Atualizada em 22-09-2010

Juro bancário de pessoa física cai em agosto e atinge mínima
Taxa cobrada pelos bancos de pessoa física ficaram em 39,9% ao ano. Entretanto, juro de empresas subiu para 28,9% ao ano em agosto.
Juro bancário de pessoa física cai em agosto e atinge mínima
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Após aumento em julho, os juros cobrados pelos bancos em suas operações com pessoas físicas recuaram 0,6 ponto percentual em agosto, para 39,9% ao ano, informou nesta quarta-feira (22) o Banco Central.

Segundo a instituição, essa é a menor taxa de juros para pessoa física da série histórica da autoridade monetária, que tem início em julho de 1994. Também é a primeira vez que os juros ficam abaixo de 40% ao ano.

Já a taxa média de juros dos bancos para todas operações de crédito, o que inclui pessoas físicas e jurídicas, recuou de 35,4% ao ano em julho para 35,2% ao ano em agosto.

A taxa cobrada pelos bancos das empresas, por sua vez, foi elevada de 28,7% para 28,9% ao ano de julho para agosto, um aumento de 0,2 ponto percentual.


Taxas de crédito consignado e veículos são as menores da história

"O declínio da taxa de juros das pessoas físicas é explicado, principalmente, pela redução do custo relativo ao crédito consignado [com desconto em folha de pagamento] e pelo aumento da participação dessas operações na carteira de pessoas físicas", informou o Banco Central.

Segundo a instituição, os juros médios cobrados pelos bancos nas operações de crédito consignado, para pessoas físicas, recuaram de 26,8% para 26,4% ao ano de julho para agosto - os menores da história.

Túlio Maciel, do BC, destacou que os juros para compra de veículos também influenciaram o recuo da taxa média de pessoas físicas em agosto. No mês passado, a taxa desta modalidade de crédito recuou para 23,4% ao ano, também a menor da história. Em julho, os juros para a compra de veículos estavam em 24% ao ano.


Principais linhas de crédito

Em agosto, os juros médios cobrados pelos bancos no cheque especial para pessoa física caíram para 165,6% ao ano, contra 167,3% ao ano no mês anterior. Apesar do recuo, o juro do cheque especial é um dos mais altos de todas modalidades de crédito.

Para as operações de crédito pessoal com pessoas físicas, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras caiu para 42% ao ano em agosto, na comparação com 42,2% em julho.

No caso das linhas de crédito de empresas, a taxa para desconto de duplicata passou de 41,1% em julho para 42,8% ao ano em agosto. Para capital de giro, os juros médios dos bancos foram de 30,2% em agosto deste ano, na comparação com 29,9% em julho deste ano.


Fonte: Alexandro Martello
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir