Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 30-09-2010

PROFESSOR LUIZ ANTONIO DAMASCENO
DEDICO MEU PEQUENO TEXTO AO PROFESSOR LUIZ ANTONIO DAMASCENO
PROFESSOR LUIZ ANTONIO DAMASCENO

SOLIDARIEDADE EM GENTILEZA GERA GENTILEZA.
POR LUIZ ANTONIO DAMASCENO

Atualmente, as pessoas lutam de todas as formas e meios para que possam viver com dignidade e honradez. Mesmo assim, em toda parte, encontramos pessoas passando por privações, dificuldades e algumas sobrevivendo abaixo de linha da pobreza e miséria.

Tem-se apresentado ante nós, com freqüência, os carentes, os proletários. Por quê?Por que a divisão de classes?A desigualdade social?Há uma explicação: o mundo capitalista, a sociedade capitalista arraigada no nosso meio. E, podem-se perceber, sobretudo, em nossa região, pessoas vivendo arduamente com menos de um salário-mínimo.

A propósito,quando foi instituído o salário-mínimo,o seu objetivo era que com esta quantia a pessoa pudesse satisfazer, pelo menos, as suas necessidades primárias de Alimentação, Habitação, Educação e Saúde. Impossível de acontecer isto no contexto em que se vive no momento.

No entanto, quão bom é poder vislumbrar atitudes positivas e cristãs de pessoas altruístas que, às vezes, esvaziando-se de si mesmas, preocupando-se e pensando no próximo, movidas pela solidariedade, organizam-se e partem para projetos sociais com o objetivo de ajudar os mais carentes e necessitados. Engraçado que essas pessoas não estão na Mídia e nem fazem questão de estar em tal contexto. Anonimamente, trabalham em prol da humanidade dentro de suas possibilidades e de seus limites.

Hoje, mudando um pouco o foco, não estamos trazendo uma matéria como àquelas que você, amigo leitor, tem lido e até mesmo criado expectativas de quem seria o próximo a fazer parte da galeria dos nossos personagens. Queremos chamar sua atenção para as benfeitorias que possam ser feitas a bem da humanidade. O que você tem feito de gentileza pelo seu próximo?Ou o que você pode fazer de modo que venha amenizar um pouco o sofrimento das pessoas? Ou diminuir as mazelas delas?Pense nisso!

Enquanto por um lado, os peixes graúdos estão travando batalhas entre si carregadas de ambição, ganância e egoísmo, por outro lado, felizmente ainda existem as gentilezas praticadas com idealismo, boa vontade, desprendimento e altruísmo por gente que pensa sempre no bem-estar do outro.

Vale lembrar que, nas edições passadas, o foco dessa seção foi o grito de alerta das pessoas que, até então, tem vivido à margem da sociedade.

A partir da próxima edição e nas subseqüentes, mostraremos o nobre trabalho de civismo, cristianismo e cidadania que é realizado em nossa região e que, às vezes, fica no anonimato.

É preciso mobilizar toda a sociedade, tocar o coração das pessoas para que se compadeçam dos males morais e sócias, a fim de não ver cenas tão deprimentes como o poeta Manuel Bandeira nos fez visualizar no poema:
"O BICHO"
Manuel Bandeira.

VI ONTEM UM BICHO
NA IMUNDÍCE DO PÁTIO
CATANDO COMIDA ENTRE OS DETRITOS
QUANDO ACHAVA ALGUMA COISA,
NíO EXAMINAVA NEM CHEIRAVA
ENGOLIA COM VORACIDADE
O BICHO NíO ERA UM CíO
NíO ERA UM GATO
NíO ERA UM RATO.
O BICHO, MEU DEUS, ERA UM HOMEM.


DEDICO MEU PEQUENO TEXTO AO PROFESSOR LUIZ ANTONIO DAMASCENO.

O ARTISTA.

Eu vejo a figura de uma artista como um bobo olhando o fundo do próprio quintal pelo lado contrário do binóculo.

Nesse ângulo ele consegue vislumbrar naqueles poucos metros de capoeira um jardim florido ou um vale encantado bem debaixo de seu nariz.

São uns sonhadores, uns Visionários. São Espíritos peregrinos, vistos até como vagabundos pela ótica imediatista de seus contemporâneos.

Despojados dos valores materiais que os cercam, se deixam levar pelo instinto, naquela missão da qual nem ele tem consciência precisa.

Mas são eles que legam à humanidade os valores culturais, científicos e outros que tanto as dignificam.

Um quadro pintado de uma paisagem esquecida, uma foto de um casarão que ninguém pressente que vai ser demolido, um poema jogado no fundo de uma gaveta, um canto de amor à sua terra ou uma página rabiscada de anotações a esmo,tudo são peças de um grande tabuleiro armado solitariamente na rotina do dia-a-dia de uma comunidade mercantilista e entorpecida pela massificação dos tempos modernos.

A dedicação de um médico, as mãos suaves de um enfermeiro anônimo, a atenção de um velho farmacêutico, a preocupação de um grupo para com as crianças e os idosos, o carinho de um cidadão para com os animais e o equilíbrio da natureza, também são peças importantes desse tabuleiro solitário que uma hora se completa e escreve a história de um povo.

Assim são os artistas anônimos, esses bobos que olham o fundo do quintal pelo lado contrário do binóculo. No fundo o que eles querem mesmo é o bem de sua comunidade, mesmo que essa o veja com olhos maledicentes. Mas é esse bobo que a história vai se lembrar e são os seus valores que perpetuarão na memória das gerações futuras.

Uma obra calcada nos valores materiais fatalmente será substituída por outra na rolança do tempo e do progresso.
Uma obra de arte vara o tempo e as gerações. E o poder é efêmero.

Cristo em suas pregações jamais referiu aos poderosos. Preferiu os humildes, os deserdados, as crianças e os lírios do campo. E disse que um dia eles herdariam a terra. Acredite quem quiser.

Bárbara Pérez.
Escritora.


    Fonte: A Autora
 
Por:  Bárbara Pérez    |      Imprimir