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"Tropa de elite 2" estreia mostrando a atual realidade

Wagner Moura j� disse que �Tropa de elite 2� � melhor que o primeiro.

Foto: extra.globo.com

Wagner Moura j� disse que "Tropa de elite 2" � melhor que o primeiro. E � a verdade. O filme choca n�o pela viol�ncia, pelos tiros e matan�as, mas pela triste realidade carioca que � mostrada, desta vez, de forma muito mais arrebatadora. Os dias s�o os de hoje, o que j� ambienta ainda mais o p�blico. E, se j� n�o bastasse, v�rios casos que aconteceram de verdade nos �ltimos anos no Rio s�o retratados no longa de Jos� Padilha.

Os olhos fundos e o cabelo branco entregam que Nascimento (Wagner Moura), agora coronel, n�o � mais aquele garot�o que peita todo mundo do filme de 2007. Depois de uma opera��o em Bangu 1 (que foi recriado em est�dio) que termina mal (e contra as ordens do governador), ele � afastado do Bope. Mas, como o pr�prio personagem define, Nascimento "cai para cima" e assume um cargo na secretaria de Seguran�a do Estado.

� S�o raras as oportunidades no Brasil de se fazer um cinema que abra um debate. "Tropa de elite 2" � um filme que diverte e que faz pensar � afirma a atriz $� M�ller, que interpreta a jornalista Clara no filme.
Wagner concorda, e acrescenta:

� Estou muito orgulhoso. Aliar entretenimento com pensamento, com reflex�o � importante.

Em "Tropa 2", Mathias (Andr� Ramiro) sai do Bope (� ele quem cria a confus�o na opera��o do pres�dio, n�o respeitando a ordem de Nascimento) e volta a atuar como PM, num batalh�o. � Rocha (Sandro Rocha), major atuante da Pol�cia Militar e miliciano (ele comanda uma comunidade da Zona Oeste chamada Rio das Rochas) quem faz o policial voltar a ser "caveira". Como? Convencendo Mathias a comandar a invas�o a uma outra comunidade, alegando que a bandidagem do local roubou armas de uma delegacia.

� Esse filme � feito de acontecimentos reais. Tem a rebeli�o, que houve de fato em Bangu 1; a equipe dos jornalistas que foi sequestrada e torturada; o roubo de armas de uma delegacia por integrantes da mil�cia carioca, que aconteceu de verdade, inclusive na pr�pria delegacia que filmamos... E quase todos os pol�ticos do Rio tem fotos ao lado de milicianos � diz o diretor Jos� Padilha.

Saiba mais

Expectativa para a estreia
O sucesso estrondoso de "Tropa de elite" s� faz aumentar a expectativa para a continua��o. Apesar de a c�pia pirata do primeiro filme ter sido vista por 12 milh�es de pessoas, a saga dos homens do Bope fez bonito no cinema: foram 3 milh�es de espectadores, que resultaram numa bilheteria de R$ 30 milh�es. "Tropa 1" ganhou o Urso de Ouro em Berlim e foi o filme de abertura do Festival do Rio de 2007.

Or�amento milion�rio

A continua��o teve or�amento maior que o primeiro filme (R$ 15 milh�es contra R$ 10,5 do original) e vai ocupar cerca de 600 salas, o dobro do anterior.

Filmagens realistas

A cena da ocupa��o do Morro Dona Marta, feita em fevereiro, assustou os moradores da regi�o, que n�o foram avisados de que aqueles helic�pteros (com voos rasantes), barulhos de tiro e toda a movimenta��o tratava-se da grava��o do filme e n�o de um tiroteio de verdade.

Aulas de jiu-j�tsu

Wagner Moura e Pedro Van Held, pai e filho no filme, j� tinham no��o de como lutar jiu-j�tsu (ambos j� fizeram aulas por conta pr�pria), mas tiveram um treinamento especial dom Rickson Gracie.

Pres�dio fict�cio

A rebeli�o que acontece no Complexo Penitenci�rio de Bangu no filme foi gravada num pres�dio fict�cio, que foi recriado num est�dio de 500 metros quadrados em Jacarepagu�.

Epis�dios reais

A liga��o de pol�ticos com a mil�cia, abordada no filme, � inspirada em casos como o do ex-vereador Jerominho, preso em 2007. Outra cita��o a epis�dios reais s�o as comunidades da Zona Oeste do Rio comandadas por milicianos, como Bata, em Realengo, e Rio das Pedras. A rebeli�o que aconteceu em 2002, quando bandidos de fac��es rivais entraram em guerra em Bangu 1, num ataque comandado por Fernandinho Beira-Mar, tamb�m serviu como refer�ncia. No filme, � o personagem de Seu Jorge, Beirada, quem comanda a rebeli�o.

Fonte: Ana Carolina de Souza

Por: Adriano Costa Pereira | Imprimir