Como parentes do dissidente Liu Xiaobo foram proibidos de sair da China, comitê não deve entregar diploma, medalha e dinheiro
Foto: /ultimosegundo.ig.com.br A comissão do Prêmio Nobel da Paz disse nesta quinta-feira que uma parte central da premiação em 10 de dezembro em Olso provavelmente seria adiada porque nem o premiado, o dissidente chinês , nem os membros de sua família poderiam comparecer ao evento.
Enquanto a própria cerimônia ainda está prevista, alguns de seus momentos mais importantes - a entrega da medalha do Nobel, o diploma e o prêmio em dinheiro de US$ 1,5 milhão - provavelmente serão excluídos, disseram os organizadores.
"A cerimônia definitivamente ocorrerá", disse o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad. Com a presença dos reis, do governo e de parlamentares noruegueses, assim como representantes do corpo diplomático estrangeiro, ela incluirá um discurso do presidente do comitê da paz e mensagens de texto do vencedor lidas pelo ator e diretor norueguês Liv Ullmann.
Mas, disse o diretor, "parece provável" que a apresentação formal do diploma, da medalha e do dinheiro do prêmio será protelada indefinidamente "até que tenhamos as pessoas certas aqui (Oslo)". Liu está preso e sua mulher, Liu Xia, está sob prisão domiciliar. O prêmio só pode ser apresentado para o vencedor ou para um parente próximo.
A recente lista de convidados de Liu, encaminhada por Liu Xia, não inclui nenhum familiar, apenas nomes de chineses residentes em Hong Kong ou exilados no exterior. O advogado de Liu, Shang Bao, confirmou na terça-feira à Agência Efe em Pequim que as autoridades chinesas proibiram seus dois irmãos de viajar para receber o prêmio em nome do prisioneiro.
O Instituto Nobel entregou o prêmio outras vezes a parentes próximos dos homenageados, quando os próprios não puderam comparecer à cerimônia em Oslo, como o sindicalista polonês Lech Walesa (1983) e a opositora birmanesa Aung San Suu Kyi (1991), libertada no sábado.
Liu Xiabo foi premiado com o Nobel da Paz "por sua longa luta não violenta pelos Direitos Humanos fundamentais na China", segundo a decisão do Comitê Nobel, em outubro.
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