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Violência contra mulheres é lembrada em Curitiba

Os casos de agressões verbais e físicas contra o sexo feminino continuam acontecendo em todo o Brasil, mesmo com o aumento no número de denúncias e a força da Lei Maria da Penha.
Violência contra mulheres é lembrada em Curitiba

Foto: www.parana-online.com.br

Para conscientizar a população, foi realizada uma manifestação ontem na Boca Maldita lembrando o Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

Na Grande Curitiba as mortes violentas de mulheres são frequentes e aumentaram 20% entre 2008 e 2009. A maior parte das 90 mortes em 2009 vitimou mulheres entre 16 a 25 anos - 64% dos assassinatos foram a tiros.

Para Antônia Passos, do Fórum Popular de Mulheres, os números são ainda maiores: "acontece em todas as classes e as mulheres não denunciam. As ricas por vergonha e as pobres, por dependência financeira".

O Programa Mulher de Verdade da Secretaria Municipal de Saúde registra cerca de 900 atendimentos por ano de mulheres agredidas ou violentadas que pedem socorro em unidades de saúde: 71,5% dos casos são de violência doméstica. Apenas 19% dos agressores são desconhecidos das vítimas.

De acordo com Elza Campos, da União Brasileira de Mulheres, o silêncio é cúmplice do crime. O Ligue 180 -Central de Atendimento à Mulher, número nacional que funciona 24 horas por dia para orientar e apoiar as mulheres vítimas de violência. Em 2009, 9.176 mulheres procuraram a Delegacia da Mulher de Curitiba.

Depois de passar 20 anos sofrendo na mão do marido violento, sem denunciar, a auxiliar de serviços gerais Terezinha da Silva, hoje com 60 anos, diz que as mulheres não devem se calar.

"Casei em um sábado, e na quinta ele já me bateu. Apanhei quando estava grávida, e depois por defender meus filhos. Nunca denunciei, mas hoje não apanharia calada", desabafa. O marido violento morreu no ano passado.

Fonte: www.parana-online.com.br

Por: Wellyngton Menezes Brandão | Imprimir