Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 10-01-2011

PROCURAM-SE HUMANOS VENDEDORES
Os poucos que existem est�o se robotizando nas empresas em que atuam
PROCURAM-SE HUMANOS VENDEDORES

Estamos h� alguns dias com o constante crescimento do Twitter,
atraindo bilh�es de pessoas em todo o mundo. Ultrapassou o Orkut, o MSN e
tenho recebido diversos e-mails para participar. Ontem mesmo um torpedo
chegou ao meu celular com diversas promo��es de uma loja onde o auto
atendimento � o grande show: um equipamento, parecido com caixa de banco
autom�tico, apresenta os produtos, recebe e programa a entrega em outro
setor.

Tenho viajado muito e ainda encontro seres humanos nas recep��es
dos hot�is. Existem espa�os onde eles ainda persistem: feiras livres, teatros,
museus, alguns roteiros tur�sticos e outros locais.

Humanos est�o em falta.. Os poucos que existem est�o se robotizando
nas empresas em que atuam. Como em uma grande rede de eletrodom�sticos,
onde os vendedores parecem zumbis, programados apenas para tirar dinheiro
dos clientes, sem nenhuma express�o no rosto, a n�o ser o olhar fixo na
resposta do cliente: sim ou n�o.

Existem rob�s programados para vender que aparecem a qualquer hora
do dia ou da noite, tirando nossa privacidade com as mais perversas ofertas
que v�o de cart�o de cr�dito a seguro de vida: um poder de insist�ncia que
beira a loucura. De quem liga e de quem ouve.

Se falarmos de Cl�nicas e Hospitais, onde al�m de esperarmos at�
duas horas para ser atendido por uma consulta marcada, atrav�s de nosso
plano de sa�de, enfrentamos o mau humor de algumas recepcionistas e
temos que aproveitar ao m�ximo os quase dez minutos em que encontramos
com o m�dico, que est� sempre com pressa � pois l� fora tem mais gente
querendo v�-lo � e sa�mos com a sensa��o de que faltou algo humano.
Tempo bom em que o vendedor perguntava por nossa fam�lia e
at� como ia nosso trabalho. Era bom olhar olho no olho do atendente,
ter uma opini�o sincera e at� receber um telefonema de feliz anivers�rio.
Parece nostalgia, mas sempre quer�amos voltar a comprar em
determinado local, somente pelo atendimento caloroso e humano que
receb�amos, n�o importando o pre�o dos produtos: o bom era estar l�.

Estive em Minas Gerais e parei em uma cidade para abastecer o
carro. Fui surpreendido com o atendimento de um posto de gasolina. Fiquei
desconfiado: o frentista veio com um sonoro "bom dia", perguntando se tinha
feito boa viagem. Depois de alguma conversa colocou o combust�vel, ofereceu
para limpar o para-brisa e me deu um cart�o fidelidade.

O que me deixou mais impressionado foi a mo�a do caixa: al�m de me atender
com um belo sorriso, teve a aud�cia de me oferecer uma lembran�a do posto.
Eu podia escolher entre v�rios. Coisa rara de se ver.
Se voc�, amigo leitor, acha que acabou a�, surpreenda-se: o frentista
parou meu carro antes de eu sair e ofereceu um presente para meu filho que
aceitou prontamente o brinquedinho.

Muito se fala em crise, instabilidade da economia, recess�o. Pouco
se fala do diferencial que o atendimento humano pode trazer �s empresas.
Pessoas est�o carentes, vivendo cada vez mais isoladas, se comunicando
por uma tela de computador. Nada contra a tecnologia. Mas precisamos de
conviver com gente. Nos neg�cios isso funciona muito bem. Clientes gostam
de calor humano nos relacionamentos e isso potencializa as vendas, pois
sempre compramos de quem confiamos.

Clientes guardam as melhores experi�ncias com vendedores
quando eles ouvem honestamente suas necessidades e mostram um interesse
maior do que apenas neg�cios. Eles n�o fazem press�o, esperam e fazem uma
abordagem honesta. Atendem expectativas. Se isso ocorre, mesmo que os
concorrentes procurem esse tipo de cliente - talvez at� com pre�os mais baixos
- ele estar� t�o satisfeito com os vendedores atuais que continuar� com eles.
Isso faz parte do poder do relacionamento de vendas.
Pense nisso, busque humanizar rela��es e sucesso.


Fonte: Reda��o Maratimba.com
 
Por:  Ramon Barros    |      Imprimir