Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-01-2011

Taxas Euribor acentuam subida após declarações de Trichet
Euribor a três regressou a níveis superiores a 1%. Presidente do BCE deixou claro: a prioridade do BCE é a inflação. O que fez com que o mercado começasse a especular sobre subidas de juros na Zona Euro, antes do que estava a ser descontado.
Taxas Euribor acentuam subida após declarações de Trichet
Foto: www.jornaldenegocios.pt

As taxas Euribor estão a reflectir as declarações de Jean-Claude Trichet, numa altura em que já havia alguns economistas que apontavam para que só em 2012 houvesse a primeira subida de juros na Zona Euro.

E ainda que a média das expectativas é de que o BCE inicie o ciclo de subidas de juros em Dezembro deste ano, havia um número crescente de especialistas que começava a adiar esta decisão.

Ontem, Trichet veio colocar algum travão nas expectativas. E isso está a ser reflectido nas taxas Euribor, que costumam acompanhar o preço do dinheiro estipulado pelo BCE, que actualmente se encontra em 1%.

Assim, a Euribor a três meses subiu para 1,006%. A taxa a seis meses avançou para 1,244% e a Euribor a 12 meses cresceu para 1,52%.

O presidente Jean-Claude Trichet voltou a salientar que a prioridade da autoridade monetária é a inflação. Ou melhor, é assegurar que a inflação está controlada. E o limite considerado desejável por parte do BCE é de 2%.

Trichet adiantou que as previsões apontam para que os preços no consumidor continuem a aumentar ao longo do ano, para moderarem mais para o final de 2011.

Com as declarações de ontem, Trichet quis recordar ao mercado que a sua missão não é restaurar a economia, mantendo taxas de juro baixas, mas sim manter as pressões inflacionistas ancoradas.

Trichet foi mais longe afirmando que o BCE não se compromete a não subir juros. Um discurso que já não se ouvia desde 2008, última vez que a autoridade monetária aumentou o preço do dinheiro na Zona Euro. A partir do Outono viu-se obrigada a cortar consecutivamente e de forma acentuada, a taxa de juro, depois da crise financeira ter abalado todo o mundo.


Fonte: www.jornaldenegocios.pt
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir