Nem a Embaixada do Irã no Brasil sabe sobre carta endereçada a Dilma
Foto: noticias.r7.com A Presidência da República, o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Irã no Brasil não confirmam a chegada ou qualquer informação sobre a correspondência da deputada Zohre Elahian à presidente do Brasil, Dilma Rousseff, sobre a situação da iraniana Sakineh Mohammadi Ahstiani.
Você acha que o endurecimento na relação do Brasil com o Irã pode salvar Sakineh?
Nesta segunda-feira, a PressTV, do Irã, e a agência Reuters informaram que, por meio de uma carta, a deputada, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do Irã, escreveu que a pena de enforcamento contra Sakineh havia sido removida, diante do perdão dos filhos dela. No entanto, a iraniana teria de enfrentar dez anos de prisão, por outro lado.
O enforcamento foi decidido em 2010, após Sakineh ter voltado a ser acusada de participar da morte de seu marido. No entanto, a pena de apedrejamento – suspensa após uma intensa campanha da comunidade internacional – ainda é válida, pois se refere à acusação de adultério. Enquanto o processo da iraniana estiver em análise, a decisão fica "congelada".
Dilma mostrou logo após a eleição uma mudança na política do país em relação ao Irã. Ela condenou as abstenções do país no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre as ações iranianas. A presidente ainda disse o país adotava "práticas medievais" em relação às mulheres.
Tais atitudes contrastam com a posição adotada pelo governo Lula em relação país.
Lula ressaltava que o Irã tinha suas próprias leis, no entanto, ele também acabou entrando no caso Sakineh em julho, ao se oferecer para acolher a iraniana. As autoridades do país asiático disseram então que Lula era "emotivo" e estava mal informado.
Fonte: noticias.r7.com
|