Categoria Geral  Noticia Atualizada em 23-02-2011

Ministro italiano fala em mil mortos na Líbia
Franco Frattini indicou que região da Cirenaica já não será controlada por Khadafi. UE está a retirar do país 10 mil cidadãos
Ministro italiano fala em mil mortos na Líbia
Foto: www.tvi24.iol.pt

O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Franco Frattini, disse acreditar que a repressão dos protestos na Líbia, por parte do regime liderado por Muammar Khadafi, tenha causado até agora cerca de um milhar de vítimas mortais.

«Não temos informações completas sobre o número de pessoas que morreram», disse o governante, salientando, porém: «Acreditamos que as estimativas de cerca de mil são credíveis».

Além destas informações, Frattini referiu que, de acordo com informações da embaixada italiana em Trípoli, a região líbia da Cirenaica já não estará sob o controlo do regime liderado por Muammar Khadafi.

Entretanto um porta-voz da Comissão Europeia disse que os estados europeus estão a retirar da Líbia cerca de 10 mil cidadãos que se encontram no país.

Esta madrugada aterrou em Lisboa, pouco antes das 4h00, um avião militar C-130 com portugueses que se encontravam na Líbia.

Os governos europeus irão discutir esta quarta-feira a possibilidade de imposição de sanções contra o regime liderado por Muammar Khadafi, numa altura em que a pressão o governo líbio se intensifica.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi o primeiro a pedir esta medida. «Gostaria que fossem suspensas as relações económicas, comerciais e financeiras com a Líbia», disse o chefe de Estado gaulês.

No interior do regime, as divisões também são cada vez a um nível mais elevado. Esta terça-feira o número dois de Khadafi, Abdul Fattah Younis, anunciou o abandono do cargo para se colocar ao lado dos manifestantes, embora na televisão estatal a mensagem que passou foi que Younis fora raptado por «gangs» de Bengahzi.

Hoje, um assistente muito próximo de Saif Khadafi, filho do ditador, anunciou que também mudou de lado. «Demiti-me da fundação Khadafi no domingo para expressar a minha desilusão com a violência», disse à Reuters Youssef Sawani, que dirigia a instituição.

Fonte: www.tvi24.iol.pt
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir