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Caciquismo da cúpula do DEM pode levar ao esfacelamento de bases conquistadas em 2010
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A medida do presidente do DEM, Rodney Miranda, ameaçando cobrar o mandato do vereador Max da Mata, caso ele realmente deixe o DEM capixaba, foi vista nos meios políticos como uma tentativa de não perder uma significativa fatia da já pequena base popular c Foto: www.maratimba.com A medida do presidente do DEM, Rodney Miranda, ameaçando cobrar o mandato do vereador Max da Mata, caso ele realmente deixe o DEM capixaba, foi vista nos meios políticos como uma tentativa de não perder uma significativa fatia da já pequena base popular conquistada pelo partido no Estado. O outro político demista ameaçado, Athayde Armani, construiu também uma base sólida em vários municípios do norte. Por isso, mais que o mandato, a ameaça seria uma forma de prender o vereador ao partidão por meio de um caciquismo meio fora de moda atualmente. A estratégia, porém, pode ser mais prejudicial ao DEM do que benéfica, já que criaria uma imagem de partido perseguidor de Max da Mata, ao mesmo tempo em que faria uma vitimização do vereador. Essa imagem de perseguido ajudaria substancialmente na construção de uma candidatura de Max da Mata à prefeitura de Vitória, fora do DEM. Como o partido estaria alinhado com a candidatura de Paulo Hartung, ainda não confirmada à prefeitura de Vitória, daria as condições necessárias, não só para que Max da Mata entre na disputa, como dispute a eleição contra Hartung, o que não agradaria em nada ao ex-governador. Além disso, a perseguição só aumentaria dentro do grupo de Max da Mata no DEM o desejo de deixar a sigla. Caso ele saia, levará um bom número de militantes. O mesmo acontece com a saída do deputado estadual Atayde Armani, que foi responsável por organizar o partido em vários municípios do norte do Estado e de outras regiões. Assim, o partido passaria a servir apenas a três lideranças: Theodorico Ferraço, Rodney Miranda e Élcio Álvares, das quais só uma (Ferraço) tem reais chances de vitória em 2012, em Cachoeiro de Itapemirim. O trio não representa novidade na política, como fazem Max da Mata, com uma posição mais moderna, e Atayde, defendendo setores específicos – o meio rural, Ferraço chegou ao partido em meados de seu primeiro mandato na Assembleia, mas não levou muitos quadros com ele. Iniciou sua militância na década de 1960 e tem um sistema político eficiente, mas localizado na região sul. Élcio Álvares, que tem cerca de 60 anos de vida pública também, não agrega mais mobilização de quadros novos para fortalecer o partido. Rodney Miranda, que chegou ao partido por circunstância política, é novo na área e ainda e não tem um perfil de mobilização. O enfraquecimento do DEM no Estado se acentuou depois da chegada de Rodney Miranda à presidência do partido. Isto porque ele, ao lado de Élcio Álvares e Theodorico Ferraço, formou um pequeno grupo que controla e direciona todas as atividades do partido de forma unilateral, o que tem causado muitas insatisfações na já fragilizada base. PSD à vista Neste sábado (14) o prefeito de São Paulo e idealizador do novo partido, Gilberto Kassab vem ao Estado conversar com as lideranças interessadas em ingressar na nova sigla. A agenda do prefeito de São Paulo ainda não foi fechada, mas a intenção é fazer um encontro com o governador Renato Casagrande (PSB) e o prefeito de Vitória João Coser (PT). Kassab vai orientar as lideranças em migração sobre as diretrizes do PSD. Sua vinda pode incentivar quadros de outros partidos que ainda não se definiram pela nova sigla poderem se decidir. Eleição de 2012 prejudicada O desempenho do partido na eleição de 2012 fica, assim, prejudicado. Com seis prefeituras no Estado, o partido tem poucas chances de repetir esse desempenho e o foco deve ficar com a disputa em Cachoeiro de Itapemirim, com Theodorico Ferraço, para garantir um fortalecimento para o partido. O DEM tem pretensões em outros municípios, mas em Cachoeiro estão as chances mais reais. Em Barra de São Francisco, o partido deve entrar na disputa com o deputado estadual Luciano Pereira, mas ele pode ter que enfrentar o veterano Enivaldo dos Anjos, que tem uma influência muito forte na região e chegará com a novidade PSD. Em Vila Velha o partido pode entrar na disputa com o deputado estadual Rodney Miranda. Para o DEM, seria de fundamental importância essa disputa, já que ficará de fora na disputa da Capital – na qual poderia entrar com força, caso mantivesse o apoio ao vereador Max da Mata, mas desistiu em favor de Paulo Hartung. Disputar a eleição municipal no maior colégio eleitoral do Estado não será uma tarefa das mais fáceis para Rodney. O deputado foi o mais votado do Estado na disputa da Assembleia, no ano passado, mas as circunstâncias da disputa em Vila Velha são bem diferentes. Primeiro porque sua eleição em 2010 foi muito controversa. Além disso, a imagem de "Rambo", que foi vendida por ele, começa a se desfazer depois de sua chegada à Assembleia. Outro fator é o cenário povoado por candidatos tradicionais que dominam a cena local. Rodney é produto político de Paulo Hartung e, dificilmente, o ex-governador entraria em campo para defender seu candidato nos domínios de seu principal desafeto, Max Filho. Uma sensível perda para o partido será a saída de Atayde Armani. O deputado, que tem forte influência no meio rural, vai levar esse discurso para o PSD, o que motivaria o apoio desse setor para a nova sigla que chega ao mercado político capixaba. Além do meio rural, Atayde também tem forte influência política no município de Linhares, embora não esboce intenção de disputar a eleição do próximo ano por lá. Hoje o DEM comanda as prefeituras de Atílio Vivacqua (Jose Luiz Torres Lopes), Brejetuba ( Itamir Charpinel), Ibiraçu (Naciene Vicente), Irupi (Gerselei Storck), Itapemirim (Norma Ayub ) e Iúna (José Ramos). Desses municípios, o partido já não contará com as candidaturas das prefeitas, que chegam ao fim do segundo mandato em 2012. Outro nome forte do partido, José Ramos, terá dificuldade em seu município. Fonte: Redação Maratimba.com
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| Por: John Wesley | Imprimir |
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