Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-05-2011

"Preciso de oração", diz pai de Patrick durante velório
Patrick morreu na terça-feira, 25 dias após receber um coração novo. Cerimônia aconteceu no Memorial do Carmo nesta sexta (13).

Foto: g1

"O que mais preciso é de muita oração para meu guerreiro que acabou a jornada dele aqui na terra", disse Luís Claudio Alves, durante o velório de seu filho Patrick Hora Alves, nesta sexta-feira (13), no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio. Patrick, de 10 anos, morreu na última terça (10), 25 dias após um transplante de coração no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, na Zona Sul.

"Eu tenho que agradecer ao Instituto de Coração, ao tratamento, ao esforço, tudo de primeira. Aos médicos, pelos cuidados nos 58 dias que passamos lá. Eles fizeram o possível para que não acontecesse o que aconteceu", contou Luís. O pai do menino também fez algumas críticas ao hospital. "Como em todo lugar, existem erros e falhas. Minha mulher não podia ficar com ele no CTI, por exemplo. Isso é um transtorno físico e emocional", acrescentou.

O velório do menino aconteceu na capela 4 do Memorial do Carmo. Por volta das 10h30, o corpo foi levado para ser cremado. Durante o velório, muitos amigos e parentes de Patrick estavam presentes. O corpo foi velado desde às 6h desta sexta.

Coração artificial
Patrick foi a primeira criança do Brasil a viver com um coração artificial por cerca de 30 dias. O pai do menino lembrou que foram 58 dias de tentativa para solucionar o problema do filho. "O sofrimento é muito grande. Não tem dor que passe", disse ele, que tem na lembrança a última imagem do filho, ainda acordado, entrando no centro cirúrgico para fazer o transplante.

Em nota oficial divulgada na noite de terça-feira, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) informou que Patrick morreu de falência múltipla de órgãos, decorrente de uma infecção provocada por uma pneumonia. Mais cedo, o hospital divulgara um boletim médico que dizia que o paciente não respondia bem ao tratamento. Patrick foi submetido à cirurgia em 15 de abril.

O diretor do INC, Marco Antonio Mattos, explica que Patrick sofria de uma doença genética chamada miocardiopatia restritiva. Desde então, ele teve dois coágulos no coração e o órgão acabou se deteriorando, após uma das cirurgias para a retirada do coágulo. O coração artificial poderia ficar no corpo da criança por até três meses.

Fonte: g1
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir