Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 19-05-2011

"A gente gostava de ficar em casa", diz namorada de Felipe
Em velório do estudante da USP, a namorada Maiara Marins lamenta a morte dizendo que rapaz era quieto e caseiro

Foto: /ultimosegundo.ig.com.br

O velório do estudante Felipe Paiva, de 24 anos, assassinado no estacionamento da Universidade de São Paulo (USP) é realizado nesta quinta-feira no Cemitério da Saudades, em Caieiras, São Paulo. O enterro será às 16h.

Visivelmente abalada e de poucas palavras, a namorada da vítima Maiara Marins, de 24 anos, explica que ela e o estudante namoravam havia 4 anos e que ele sempre foi uma pessoa caseira. "A gente gostava de ficar em casa. No máximo íamos a um restaurante e não gostávamos de ir para a balada", conta.

Os dois se conheceram por meio de uma amiga em comum e Felipe já tinha planos de casar. "Ele pensava em casar logo depois de se formar", lembra muito emocionado Ocimar Paiva, pai da vítima. Ele relatou que o filho sempre foi muito estudioso e trabalhador, havia retirado passaporte esta semana e tinha o sonho de conhecer a França. "Ele falou: "quero ir para outro país passear e conhecer o lugar", comprou um dicionário e tirou o passaporte".

Como a vítima já tinha sido assaltada duas vezes indo para a faculdade de ônibus, Felipe decidiu comprar um carro blindado. O pai explica ter alertado o filho sobre o perigo das ruas escuras do campus da universidade. Quando o filho argumentava dizendo que o carro era blindado, o pai rebatia: "O carro é, mas você não. Toma cuidado", conta Ocimar muito emocionado.

A mãe de Felipe, Zélia Ramos, recordou com um sorriso no rosto e olhos cheios de lágrimas que o filho, sempre calmo, gostava muito de esportes e de leitura. "Ele era superfamília, amava muito o trabalho e a faculdade. Gostava muito de esportes e amava ler. Eu não tinha mais onde guardar os livros dele".

Questionada sobre o fato do filho ter reagido ao assalto, Zélia diz que "conhecendo o meu filho como ele era, meio bravinho, ele deve ter reagido". Segundo ela, o filho sempre falava: "Ninguém vai levar o que é meu fácil". Muito emociada, a mãe descreveu o corpo do filho dizendo que o rapaz apresenta marcas de agressão no rosto.

Fonte: /ultimosegundo.ig.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir