Categoria Tecnologia  Noticia Atualizada em 20-05-2011

Primeiro vírus brasileiro em 64 bits rouba senhas bancárias
Praga desabilita recursos de segurança do Windows. Código precisa de direitos administrativos para funcionar.
Primeiro vírus brasileiro em 64 bits rouba senhas bancárias
Foto: g1.globo.com

O primeiro vírus feito por brasileiros e especificamente para Windows em versões 64 bits foi encontrado pela fabricante russa de antivírus Kaspersky Labs. A praga é um cavalo de troia (não se espalha sozinha) capaz de roubar senhas de banco e leva em conta funções específicas da versão 64 bits do Windows para conseguir remover softwares de segurança instalados por bancos.

O vírus precisa de permissão administrativa para executar. Isso significa que usuários com o Controle de Contas de Usuário (UAC) ou que estejam usando o sistema com um usuário limitado não serão infectados por completo e não terão os softwares de segurança removidos.

O pesquisador antivírus Fabio Assolini, da Kaspersky, diz que a praga adiciona configurações à inicialização do Windows para permitir a instalação de drivers não autorizados pela Microsoft – uma das mudanças específicas do Windows 64 bits foi a de exigir assinaturas (autorização) da Microsoft para todos os drivers instalados no Windows em 64 bits.

Um driver é um software especial que roda com mais privilégios que um programa comum, normalmente usado para controlar hardware de sistema, mas ele é também usado por vírus para remover softwares de segurança ou se camuflar no sistema.

Os vírus brasileiros que tentavam instalar drivers não eram compatíveis com o Windows Vista ou 7 em 64 bits, por exemplo.

Segundo a Kaspersky, o vírus ainda adiciona uma lista de autoridades certificadoras falsas no sistema e redireciona sites de banco. Com isso, os sites falsos poderão exibir "certificados de segurança" (o famoso "cadeado" no navegador), o que normalmente não é possível mesmo em sites redirecionados. É por meio desses redirecionamentos que ele rouba as senhas de banco – uma técnica comum no Brasil.


Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir