Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-05-2011

Rio se torna o favorito para receber a abertura da Copa do Mundo
Cidade venceu São Paulo e terá o Centro de Imprensa. Salvador ainda sonha com jogo inaugural e BH e Brasília estão fora
Rio se torna o favorito para receber a abertura da Copa do Mundo
Foto: esporte.ig.com.br

A indicação do Riocentro, no Rio de Janeiro, como sede do IBC (sigla em inglês de Centro Internacional de Transmissões) da Copa do Mundo de 2014 faz da cidade fluminense favorita para receber a abertura da competição. Das outras quatro candidatas, o iG apurou que Belo Horizonte e Brasília estão fora da disputa. Salvador tem um padrinho forte, mas problemas estruturais, e São Paulo, a preferida da Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados), superou questões legais, mas ainda não consegue viabilizar financeiramente a construção do "Fielzão", estádio do Corinthians que foi indicado pelo COL (Comitê Organizador Local) como palco preferencial para o jogo inaugural.

Receber o IBC desequilibra e praticamente define a disputa a favor do Rio. Além de ser o palco da decisão do Mundial, a cidade já conta com anuência implícita do Governo Federal. O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., confidenciou em evento recente que o Rio de Janeiro tem atualmente 90% de chances de abrir e fechar a Copa. Como duas das principais atrações de uma Copa no Rio, é natural que o COL e a Fifa façam da cidade a base estratégica do Mundial brasileiro.

Seguindo padrão
As últimas Copas do Mundo seguiram essa lógica – a cidade que ganhou o IBC levou também o jogo inaugural. Em 2010 o mundo viu uma situação idêntica à qual está para ser confirmada no Brasil. Joanesburgo foi o palco da abertura, da final e do Centro de Imprensa. Em 2002 e 2006 Seul e Munique receberam, respectivamente, os jogo inaugurais e centro de imprensa das Copas da Ásia e da Alemanha.

Receber o Centro de Imprensa é fundamental em uma Copa do Mundo por dois motivos: primeiro pela quantidade jornalistas, que normalmente gastam mais do que turistas, que ficarão somente no Rio durante o Mundial – pessoas de retaguarda de emissoras de TV e de Rádio não viajam pelas sedes, permanecendo apenas no IBC. Segundo que a Fifa costuma realizar na cidade do Centro o jogo inaugural, que é o que recebe o maior número de jornalistas, mais até do que na final. O Rio também terá o IBC na Copa das Confederações, em 2013.

Por meio da assessoria, a secretaria especial para a Copa da prefeitura paulistana parabenizou o Rio e informou que a cidade trabalha normalmente para receber a abertura da Copa do Mundo. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o COL (Comitê Organizador Local) e o Ministério dos Esportes não se pronunciaram até o momento. Indicar o Rio como sede do IBC, para membros do Comitê paulista, é mais uma maneira de pressionar o Governo de São Paulo a liberar dinheiro para a construção do "Fielzão". O secretário geral da Fifa, o francês Jerome Valcke, gravou entrevista para "TV Globo" com críticas à candidatura paulista. Deve ir ao ar na noite desta sexta-feira (27 de maio), no "Jornal Nacional".

Pressionado, o Comitê de São Paulo tem até o final de julho para mostrar que a obra do estádio corintiano em Itaquera, Zona Leste da Capital, estará em andamento – em 29 e 30 de julho ocorre, na Marina da Glória, Rio de Janeiro, o sorteio das eliminatórias para a Copa. Inicialmente a intenção era confirmar no evento São Paulo como palco da abertura, mas os atrasos podem adiar a divulgação ou propiciar uma confirmação do Rio.

Salvador ainda tem pequena esperança de receber a abertura porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem preferência pela capital da Bahia. Governada pelo PT (Jaques Wagner), os baianos alegam ter capacidade de receber muitos turistas por ter experiência no Carnaval. O comitê local prevê também o crescimento da rede hoteleira em 35% até 2014, com total de 82 mil leitos.

A Fifa preferia São Paulo por ser o centro econômico do país. E fez força para isso. A abertura é precedida pelo Congresso da entidade, realizado pouco antes da Copa, que traz executivos ao país e a Fifa quer que seja em um local de negócios. Sem São Paulo, o Rio de Janeiro passa a ser o preferido, o que deixa Salvador sem chance. Brasília foi descartada porque não tem tradição no futebol e a Fifa não quer abrir o Mundial em uma cidade assim – o Brasiliense, principal time do Distrito Federal, está apenas na Série C do Brasileiro. Já Belo Horizonte tem problemas de infraestrutura, principalmente hoteleira.

Fonte: esporte.ig.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir