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Reviravolta política: Ferraço filho está levando Ferraço pai para fileiras do PMDB
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O senador Ricardo Ferraço conseguiu quebrar uma resistência familiar e convenceu o pai, o deputado estadual Theodorico Ferraço, a migrar do DEM para o PMDB. Foto: www.maratimba.com O mercado político de Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, anda em polvorosa com uma manobra de seus principais atores políticos. O senador Ricardo Ferraço conseguiu quebrar uma resistência familiar e convenceu o pai, o deputado estadual Theodorico Ferraço, a migrar do DEM para o PMDB. A movimentação tem sido vista como mais um golpe de mestre não só para a política local, como também para a política do Estado. Isto porque a estratégia, apesar de orquestrada pelo senador, atenderia a um projeto do ex-governador Paulo Hartung para se fortalecer tanto internamente, no PMDB, quanto externamente, no cenário eleitoral de 2012. Ao acolher uma liderança como Ferraço, que é o favorito na disputa para a eleição no município do próximo ano, no PMDB, o ex-governador se afasta do atual prefeito, Carlos Casteglione, a quem ajudou na eleição de 2008, e do PT estadual como um todo. Para Ferraço, a mudança é radical não só pela mudança de partido, já que durante seis anos era conhecida nos bastidores políticos a incompatibilidade dele com o ex-governador Paulo Hartung. Incompatibilidade essa que foi abafada durante todo esse tempo pela pretensão do filho de disputar o governo do Estado. Tanto que não foi fácil controlar os ânimos do deputado estadual na reviravolta política de abril do ano passado que tirou Ricardo Ferraço da cabeça de chapa palaciana. Dentro do PMDB, a chegada de Ferraço à sigla reforça o grupo de Hartung, que anda enfraquecido desde a ascensão da deputada federal Rose de Freitas à vice-presidência da Câmara dos Deputados. Desafeta do ex-governador, ela vinha estabelecendo dentro do partido uma recolocação no debate interno dos chamados peemedebistas históricos. A entrada de Ferraço no PMDB cria também uma mudança na configuração política do Estado, já que sua abrangência se estende por todo o Estado, o que pode intensifica a disputa de espaço político entre Hartung e o governador Renato Casagrande (PSB), no sentido de ampliação de seus poderes políticos, com a eleição de aliados em importantes cidades em todo o Estado. Resistências O ex-prefeito de Cachoeiro e vice-presidente do PMDB de Cachoeiro de Itapemirim, Roberto Valadão, disse que não irá se opor à entrada de seu tradicional adversário na política porque "é democrático e está em um partido democrático". Afirmando que não se considera mais político, está em um partido democrático e, como vice-presidente, conduzirá o processo com tranqüilidade. Ele alegou, porém, que Ferraço terá dificuldade com a base no município, que já está indignada com a ideia da mudança de partido do deputado, que já ganhou as ruas da cidade. Quem também deve reagir ao processo de filiação do demista ao partido é o deputado federal Camilo Cola, que é o presidente do partido em Cachoeiro. Perda no DEM Se para o PMDB o reforço de Theodorico Ferraço vai fortalecer o grupo do ex-governador no Estado todo, para o DEM, a perda será irrecuperável. O partido, que já se encontra em processo de desidratação com a criação do PSD, perderá seu principal ator político para o próximo ano. Com a saída de Ferraço, o partido ficará com os deputados Élcio Alvares, que não concorre na eleição no próximo ano; Rodney Miranda, que pode entrar na eleição de Vila Velha, mas precisará criar um ambiente político para isso. Luciano Pereira vai disputar em Barra de São Francisco com chances, mas fica restrito àquela região. Já o deputado Atayde Armani está em negociação com o PSD, para onde também já migrou o vereador Max Da Mata. Fonte: Redação Maratimba.com
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| Por: John Wesley | Imprimir |
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