Categoria Politica  Noticia Atualizada em 13-06-2011

Bastidores da Política – Segurança Pública
Conforme já noticiamos anteriormente, no sul do Estado está ocorrendo uma forma de migração nada benéfica, uma vez que se trata de migração de bandidos.
Bastidores da Política – Segurança Pública
Foto: Renato Alves

CPP x CDP

Delegados do sul do Estado preocupados com a entrada em vigor do novo Código de Processo Penal. Durante a Audiência Pública do PPA em Guarapari, o delegado titular do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) daquela cidade, Paulo Rogério Souza, puxou o coro dos delegados que se dizem preocupados com a entrada em vigor do no novo Código de processo Penal agora no mês de julho.

Os delegados acreditam que com a entrada do novo CPP haverá um esvaziamento das penitenciárias. Paulo Rogério citou como exemplo, um estudo realizado em sua circunscrição que chegou a conclusão de que cerca de 300 dos 500 presos do CDP de Guarapari seriam beneficiados com as novas regras e estariam aptos a sair imediatamente do sistema penitenciário.

Com o retorno as ruas de número tão grande de delinquentes, os delegados presentes a Audiência foram unânimes em afirmar que o Estado não está preparado e nem tem pessoal policial suficiente para conter a onda de crimes que já se espera venha a ocorrer.

Migração de bandidos

Conforme já noticiamos anteriormente, no sul do Estado está ocorrendo uma forma de migração nada benéfica, uma vez que se trata de migração de bandidos. Na semana que passou, o maior bairro de Cachoeiro foi tomado por bandidos do Rio de Janeiro que tentam tomar o controle do tráfico na região.

Resultado desse confronto é que o bairro está há mais de uma semana ocupado por policiais, tiros são disparados a todo instante, escolas estão liberando os alunos em horários alternativos e parte do comércio não está abrindo, o medo tomou conta dos empresários em razão da guerra entre traficantes e policiais.

Migração de bandidos II

Outro aspecto destacado pelos delegados durante o PPA, é que a atual estratégia de controle pontual, por meio de intervenções efetuadas pela Superintendência de Polícia do Interior (SPI), normalmente levada a cabo com o auxílio da força policial civil de diversas delegacias, em médio prazo não surtirá mais efeito, uma vez que a bandidagem migra com muita facilidade, de forma que para os delegados,a única forma efetiva de conter e abaixar os índices de criminalidade se dará tão somente através do reforço de policiais civis nos diversos municípios, a fim de possibilitar que o processo de investigação e apuração criminal possa voltar a funcionar.

Ministério Público I

O Ministério Público de Marataízes está próximo de perder um de seus melhores expoentes, a atual titular da Promotoria da Infância e da Juventude, DrªValéria Duarte de Morais. Após anos desenvolvendo um trabalho de excelência no município, Drª Valéria foi promovida e atuará em outra comarca. Em Marataízes se destacou pelo trabalho desenvolvido com pais de alunos nas diversas escolas da cidade, como também nas brilhantes atuações no Tribunal do Júri.

Ministério Público II

Quem também está de malas prontas, mas desta vez apenas em relação às funções, é o Promotor Jefferson Ribeiro Gonzaga. Jefferson que atuou durante muitos anos como titular da Promotoria Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, agora vai estar à frente da Promotoria de Fazenda Pública. Ele, que além de promotor é professor universitário e Mestre em Planejamento e Gestão de Cidades, certamente terá muito a oferecer a Administração da Capital Secreta. Como primeira contribuição Drº Jefferson assume afirmando que se debruçará em análises sobre a nova estrutura da Agersa.

Ministério Público III

Recentemente o Ministério Público Estadual lançou em sua página oficial de internet, um link denominado GECAP – Controle Externo da Atividade Policial. O leitor é introduzido na página através de uma mensagem do Procurador Geral de Justiça, onde o mesmo procura demonstrar como se dará o controle da atividade policial.

Dentre os vários anunciados, o item de número 01, chama especial atenção, pois nele se lê o seguinte: "O respeito aos direitos fundamentais assegurados na Constituição Federal e nas leis". Nesse sentido compreende-se que cabe ao policial civil investigar, produzir o inquérito e efetuar as diligências necessárias para sua conclusão. Contudo, o que hoje se observa na maioria absoluta das delegacias de polícias é a atuação de funcionários cedidos por prefeituras, agentes penitenciários e até mesmo estagiários, efetuando os serviços constitucionalmente reservados ao policial civil. Eis aí um bom caminho para o MP começar a realizar o tal controle.


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Renato Alves    |      Imprimir